O faturamento real das micro e pequenas empresas paulistas atingiu R$ 26,8 bilhões em novembro de 2010, alta de 4,6% na comparação com outubro do mesmo ano e de 5,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com balanço do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). Foi o 14.º mês consecutivo de crescimento no faturamento dos pequenos negócios na comparação com o mesmo mês do ano anterior e o melhor resultado para meses de novembro desde 2004. No acumulado de janeiro a novembro de 2010, o faturamento registrou alta de 8,6% ante o mesmo período de 2009. A projeção do Sebrae-SP é que o faturamento real das micro e pequenas empresas aumente 8% em 2010 na comparação com o ano anterior.
Entre os setores, o melhor desempenho foi apurado por Serviços, cujo faturamento aumentou 17,8% na comparação com novembro de 2009. O segmento de Comércio teve alta de 3,5% e o da Indústria, queda de 3,8%. Na comparação com outubro de 2010, o faturamento do Comércio aumentou 7,1%; o da Indústria, 3,3%; e o de Serviços 1,6%.
De acordo com o consultor do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, as micro e pequenas empresas foram beneficiadas pela evolução do mercado interno em 2010. Em nota, ele explicou que as empresas do setor de Serviços ainda estão se recuperando dos impactos da crise financeira, período em que as grandes empresas reduziram sua demanda por Serviços, entre eles publicidade, vigilância e limpeza.
No Estado de São Paulo, o faturamento em novembro de 2010 teve maior crescimento entre as micro e pequenas empresas do interior cuja alta foi de 12,1% na comparação com novembro de 2009. Na região do ABC, o faturamento caiu 5,5% no período; na Região Metropolitana de São Paulo, recuou 0,4%; e na capital paulista, aumentou 1,1%. Em relação a outubro de 2010, o faturamento das micro e pequenas empresas do interior cresceu 9,8%; do ABC, 2 5%; da capital paulista, 2,3%; e da Região Metropolitana de São Paulo caiu 0,2%.
Previsão
Para o primeiro semestre deste ano, a maioria (41%) dos micro e pequenos empresários prevê aumento da receita. Outros 27% acreditam que o faturamento deve se manter estável, 32% não souberam responder e 1% disse que vai piorar.
Em nota, o diretor superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, prevê que as micro e pequenas empresas apresentem um ritmo de crescimento mais moderado neste ano na comparação com 2010. "As atividades ligadas ao mercado interno, cujas vendas são mais dependentes da evolução da renda da população, poderão apresentar uma evolução relativamente mais favorável do que aquelas cujas vendas são mais dependentes de financiamento e de atividades relacionadas ao mercado externo", afirmou.
A pesquisa é realizada mensalmente com 2.716 micro e pequenas empresas de todos os segmentos de atividade no Estado de São Paulo.
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