Para facilitar e desburocratizar o comércio exterior brasileiro, a Receita Federal lançará na próxima semana um programa de certificação de empresas com bom histórico nas suas operações, cujas mercadorias serão liberadas automaticamente nas aduanas.

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Pelo Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA), empresas exportadoras e importadoras brasileiras que tiverem baixo risco em suas operações, tanto na segurança física da carga como ao cumprimento das obrigações aduaneiras, poderão pedir a certificação.

Com esse programa em curso, a Receita poderá fazer Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM) com outros países. Segundo Araújo, esses acordos trazem vantagens como tratamento prioritário das cargas, redução de custos e melhoria da competitividade.

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As empresas devem cumprir uma série de requisitos para receber o benefício, como estar em dia com o fisco e ter experiência mínima de 24 meses. Terão que responder um questionário, comprovando as respostas com documentos.

O programa terá três fases. A primeira, chamada OEA Segurança, que já passa a valer este ano, será focada nos exportadores. Até o próximo ano, a Receita Federal espera ter 20% das declarações de exportações vindas de empresas certificadas.

Em dezembro de 2015, a Receita pretende colocar em prática a segunda fase, chamada OEA Conformidade, para dar mais fluidez às importações.

Com previsão de começar em dezembro de 2016, a terceira etapa visa integrar outros órgãos públicos, como Anvisa, no sistema de simplificação da entrada e saída de mercadorias.

A meta é chegar a 2019 com 50% das importações e exportações feitas por empresas certificadas. A adesão ao programa é voluntária.

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Segundo o Coordenador-geral de Administração Aduaneira, José Carlos de Araújo, os requisitos do programa e a fiscalização das instalações das empresas serão rígidos, para evitar a entrada de mercadorias indevidas, como drogas, nas remessas.

A Receita terá uma equipe exclusiva para acompanhamento das empresas certificadas, disse.

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