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Tributação

Receita diz que “não pode dispensar” imposto sobre premiações a atletas olímpicos

Receita Federal
Autoridade fiscal afirma que tributação ocorre "como qualquer outra remuneração de qualquer outro profissional". (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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A Receita Federal afirmou nesta quarta (7) que “não pode dispensar” a cobrança do Imposto de Renda sobre as premiações pagas a atletas olímpicos, que passou a ser discutida nesta semana após deputados apresentarem um projeto de lei para isentar a tributação sobre estes ganhos.

Na última segunda (5), os deputados federais Luiz Lima (PL-RJ) e Felipe Carreras (PSB-PE) apresentaram uma proposta e um requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto a tempo de beneficiar os atletas brasileiros que estão competindo – e vencendo – nos Jogos Olímpicos de Paris.

No entanto, para a Receita Federal, a cobrança sobre os prêmios – com exceção das medalhas e troféus, já isentos – é necessária “como qualquer outra remuneração de qualquer outro (a) profissional, desde que seja um valor superior ao da faixa de isenção do imposto de renda (hoje em dois salários mínimos)”.

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“Trata-se da mesma norma aplicável a todos (as) os (as) trabalhadores brasileiros (as). A Receita Federal não pode dispensar o pagamento, pois isso somente pode ser feito por meio de lei aprovada pelo Congresso Nacional”, completou a autoridade fiscal em nota (veja na íntegra).

Essa cobrança passou a ser questionada não apenas pelos parlamentares, mas também nas redes sociais. O pedido de isenção, no entanto, vem no momento em que o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, procura fontes de arrecadação para tentar diminuir o rombo das contas públicas neste ano.

Luiz Lima, autor da proposta que tramita na Câmara, afirmou que “ao premiar nossos atletas sem o ônus tributário, estamos enviando uma mensagem clara de valorização do esporte e de apoio aos nossos representantes olímpicos”.

“Esta medida pode estimular mais jovens a seguirem carreiras esportivas, sabendo que seus esforços serão devidamente recompensados e valorizados”, completou.

Ele apontou que a isenção aos prêmios, que variam de acordo com a modalidade de acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), terá um impacto financeiro pequeno aos cofres públicos. No entanto, não apresentou uma estimativa.

Os prêmios podem ser pagos tanto pelo COB como pelo governo e empresas privadas. Pelo comitê olímpico, a a premiação para competições individuais é de R$ 350 mil para ouro, R$ 210 mil para prata e R$ 140 mil para bronze, valores que representam um aumento de 40% em relação aos pagos em Tóquio 2020.

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