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Fábrica

Recuperação judicial ainda é a esperança

Quando iniciou as atividades em Campo Largo, há cinco anos, a Tecumseh contraiu empréstimos que foram usados principalmente para comprar as instalações da fábrica. No mês passado, as dívidas da TMT junto a cinco bancos – Bradesco, HSBC, Itaú, Unibanco e Alfa – estavam na casa dos R$ 180 milhões. Desde o final de 2006, a TMT tentava renegociar o prazo para o pagamento dos débitos. Embora a empresa tivesse alcançado sua capacidade máxima de produção, com 130 mil motores por mês, a desvalorização cambial prejudicou os resultados financeiros.

A questão foi parar na Justiça quando dois credores – Unibanco e Alfa – não aderiram à tentativa de recuperação extrajudicial. Além disso, o Unibanco cobrou os R$ 37,986 milhões que tinha de crédito. Os problemas acabaram por bloquear a conta da TMT, que ficou sem dinheiro para pagar fornecedores e funcionários, e não encontrou saída senão interromper a linha de produção no mês passado e dar férias aos funcionários.

No dia 29 de março, o juiz Éverton Luiz Penter Correa acatou novo pedido da empresa e decidiu pelo processamento da recuperação judicial, prevista na nova Lei de Falências – cujo objetivo é justamente dar condições de as empresas superarem as crises com o auxílio dos credores. Com o deferimento do juiz, a TMT ganhou 60 dias para apresentar aos seus credores um plano que prove ser possível pagar suas dívidas. Este plano está sendo delineado pela direção da empresa, juntamente com sua controladora nos Estados Unidos. Caso ele não seja acatado, a Justiça decretará a falência da empresa.

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