A rede Burger King, segunda maior cadeia de fast-food do mundo, vai fincar bandeira em Curitiba até o fim ano. A localização da primeira loja na cidade ainda não foi definida, mas, se for seguida a mesma estratégia usada em São Paulo, ficará ao lado ou muito próxima de um McDonald’s, líder do segmento. O plano da companhia americana é abrir 15 lojas no Paraná em três anos.

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O anúncio da instalação da loja em Curitiba foi feito pelo gerente de marketing da rede no Brasil, Afonso Braga, durante o II Fórum de Marketing de Curitiba, promovido pelo Centro Universitário Positivo (UnicenP). O grupo investidor é formado por três executivos (cujos nomes ele não revela), sendo um ex-funcionário da Perdigão. O valor aplicado no empreendimento também não é revelado.

O Burger King (também conhecido pelas iniciais BGK) já tem dez lojas em São Paulo, abertas a partir de 2004, duas em Brasília, duas em Belo Horizonte e uma em Salvador. Na capital mineira está prevista a abertura de 25 lojas nos próximos anos, ao custo de até R$ 30 milhões. Em São Paulo, o grupo BGK deve lançar 50 lojas no período de cinco anos, um investimento de R$ 45 milhões. Todas as lojas do Brasil são franquias, divididas em oito regionais onde os investidores têm exclusividade. A regional Sul inclui apenas Paraná e Rio Grande do Sul.

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O maior concorrente do Burger King no Brasil era o desconhecimento. Às vésperas da abertura da primeira loja em São Paulo, a marca, famosa no exterior por seus sanduíches grelhados que lembram o churrasco, não era conhecida por 89% do público brasileiro. Mas, baseando em pesquisas que revelaram vantagem do sabor do Whopper (principal sanduíche da rede) sobre seu concorrente Big Mac, a empresa partiu para uma campanha de divulgação considerada "de guerrilha", ou seja, com impacto concentrado no momento de abertura de lojas.

Além de as lojas ficarem ao lado ou próximas do concorrente, a vice-líder colocou outdoors e cirou anúncios de televisão citando o nome do McDonald’s. "É a última grande briga", definiu Braga, referindo-se ao combate entre cervejarias, marcas de refrigerantes, farmácias, etc.

Com o mote "a gente faz do seu jeito", a empresa oferece a customização do sanduíche em até três minutos. O cliente pode tirar a cebola ou pedir o dobro do queijo, por exemplo. Para enfrentar a concorrência, a empresa precisou abrir quisoques de sobremesa, em que oferece até torta de limão e maracujá.

Starbucks

O consultor Carlos Ferreirinha, que atua na gestão de marcas de luxo, revelou durante o evento parte do planejamento estratégico da Starbucks – outra grande rede de alimentos dos EUA que está chegando ao país. A marca americana, celebrada no meio das cafeterias como um case de sucesso, deve abrir sua primeira loja em São Paulo, até o ano que vem, e depois partir para Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. "Curitiba é um mercado muito importante para testar um produto ou serviço, com público muito crítico", diz. O casal Maria Luísa e Peter Rodenbeck está recebendo treinamento intenso para o lançamento.

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Segundo o consultor, o grande êxito do posicionamento da marca foi no conceito que criou. "O consumidor está interessado em ir àquela loja específica, e não simplesmente em tomar um café", diz, lembrando dos souvenirs vendidos com a logomarca Starbucks. O preço acompanha o posicionamento premium.