Mark Zuckerberg, criador do Facebook: em fevereiro deste ano a agência Ogilvy relatou que posts de grandes marcas na rede social atingiam apenas 2% de seus fãs| Foto: Robert Galbraith/Reuters

Estudo da Consultoria Forrester Research indica que marcas que estão investindo em redes sociais como Facebook e Twitter para promover seus produtos estão perdendo tempo e dinheiro.

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Segundo o relatório, as redes sociais são o lugar errado para as marcas interagirem com os consumidores, já que esses espaços estão reduzindo cada vez mais o alcance de posts promocionais, obrigando empresas em busca de mais exposição a pagarem por isso.

O relatório "Estratégias de Relações Sociais que Funcionam" foi lançado pouco depois de o Facebook divulgar um comunicado afirmando que vai reduzir ainda mais o alcance de posts promocionais no "feed" de notícias dos seus usuários a partir de janeiro.

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Um estudo anterior da Forrester Research mostrou que, na média, só 0,07% dos fãs das grandes marcas interagem com elas no Facebook. "É evidente que o Facebook e o Twitter não oferecem as relações que os executivos de marketing precisam", disse em seu blog o autor da pesquisa, Nate Elliot.

Segundo ele, em fevereiro deste ano a agência Ogilvy relatou que posts de grandes marcas no Facebook atingiam apenas 2% de seus fãs. Esse número estaria caindo a uma taxa de 0,5% ao mês.

O retorno dos e-mails

A solução proposta pela consultoria é que as marcas invistam na comunicação por e-mail com seus clientes. Elliot diz que e-mails são entregues a mais de 90% dos destinatários, enquanto os posts no Facebook só chegam a 2% dos seguidores. "Ninguém fica dizendo o que você pode e o que não pode escrever nos e-mails."

A consultoria também sugere que as empresas invistam em seus sites. Elliot cita como exemplo o site "Greatness Awaits", criado pela Sony, que funcionava como um agregador de postagens dos fãs da marca PlayStation 4. No final de 2013, a página teve mais de 4,5 milhões de visitas o que teria ajudado o PlayStation 4 a superar o rival Xbox One em vendas.

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"Acho que talvez a colocação seja exagerada. O que os gestores de marca não entendem é que estar no mundo digital exige uma nova postura. O consumidor quer uma marca que seja parceira e não que só fale sobre si mesma", diz Vinicius Porto, diretor da agência PorQueNão?

Alternativas

O estudo da ForresterResearch, porém, pondera que nem todo investimento em redes sociais é ruim. Segundo o relatório, redes como o Instagram e o Pinterest apresentem maior engajamento.

Marcas que estão no topo do mercado chegam a registrar um engajamento 58 vezes maiores no Instagram do que no Facebook. No caso do Twitter, esse engajamento chega a ser 120 vezes maior.

Procurados, Facebook e Twitter disseram que não comentam pesquisas de terceiros.

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