R$ 2.701,80 era o preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais em Curitiba em agosto. Por tipo de unidade valor mais alto é o das kitinetes: R$ 3.509 por metro quadrado.
Oferta
Número de unidades entregues eleva estoque de apartamentos à venda
Uma eventual diminuição na oferta de imóveis poderia justificar o aumento de 14,8% no valor do metro quadrado dos usados na capital, mas tal fato não é constatado nos dados. Desde agosto de 2011 os números têm subido mensalmente, atingindo 17,2 mil unidades residenciais à venda no último mês, uma alta acumulada de 2,5%. Segundo o professor de vendas imobiliárias do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV), Henrique Teixeira, a oferta crescente é justificada pelo boom imobiliário dos últimos quatro anos. "Houve grande lançamento de unidades que começaram a ser entregues agora. Isso aumenta o estoque de apartamentos prontos que podem ser alugados ou vendidos", aponta.
Atualmente, o curitibano desembolsa, em média, R$ 2.701,80 por metro quadrado dos imóveis usados e, segundo especialistas, a tendência é que continue assim, sem diminuição significativa. De acordo com o professor de vendas imobiliárias da ISAE/FGV Henrique Teixeira, o preço do imóvel usado tende a aumentar em decorrência a da diminuição da taxa de juros do financiamento imobiliário. "A partir do momento que fica mais fácil pegar crédito, o imóvel vai valorizando. Acredito que o valor suba, mas não nas mesmas proporções do passado, subirá a medida que a taxa baixar", afirma. De acordo com Lucas Dezordi, da Universidade Positivo, o preço não terá uma redução substancial e, na melhor das hipóteses, tenderá a se estabilizar.
Estabilização é o que defende também Luiz Fernando Gottschild, presidente do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar). Segundo ele, o aumento nos valores está acima do esperado e a expectativa é que reduza. "Por que estabilidade, se a alta acumulada está o triplo da inflação? Porque nós tivemos índices de 20% a 26% de variação alguns anos atrás e hoje bem menor do que estava antes. Provavelmente no próximo ano será metade disso, deve cair para metade, vamos chegar mais ou menos na inflação", aponta.
2013
A esperança de crescimento da economia em 2013 também anima as expectativas para o mercado imobiliário. "De modo geral, é notório que o mercado em 2012 passa por momento de estabilização. Isso é um fenômeno nacional tanto da economia nacional quanto do mercado imobiliário. A economia deve crescer bem menos este ano e isso se reflete nos imóveis. Mas, a perspectiva é boa para o próximo ano", afirma o consultor Marcos Kahtalian, da Brain.
Por conta desta expectativa, Dezordi sugere que os interessados em comprar um imóvel devem investir agora. "Se tiver dinheiro hoje para dar uma boa entrada e conseguir uma excelente negociação, que envolva um valor interessante ou benefício, sugiro que compre. Faça também um financiamento com juros fixos, porque o preço não vai cair e dependendo do que for feito em termos de acabamento, o preço do imóvel pode subir", afirma.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast