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Redução da jornada de trabalho não deve ser votada em ano eleitoral, diz CNI

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou nesta quarta (3) que projetos referentes às relações de trabalho não devem ser votados em ano eleitoral.

Precisamos ter cuidado para que não ocorra um retrocesso. Há uma tentação de se adotarem propostas demagógicas, como a da redução de jornada de trabalho, disse ele, referindo-se Proposta de Ementada Constitucional (PEC) 231. A PEC, que tramita no Congresso Nacional desde 1995, reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem diminuir o salário, e aumenta de 50% para 75% a remuneração da hora extra.

Armando Monteiro participou hoje de seminário, promovido pela CNI, para analisar a conjuntura político-econômica brasileira e debater os projetos que estão em tramitação no Congresso e irão integrar a Agenda Legislativa da Indústria neste ano.

Segundo ele, a expectativa da indústria é de crescimento da economia em 5,5%, embora sejam necessário tomar alguns cuidados. Vamos ter um ano de maior crescimento, mas vamos precisar reduzir custos na área tributária, por exemplo. O mundo pós-crise é diferente, e o Brasil precisa melhorar, reduzir custos e retomar reformas que foram abandonadas em função da crise econômica.

O presidente da CNI informou que, por causa das limitações de tempo do ano eleitoral, a agenda da indústria será elaborada com uma pauta mínima, restrita a projetos prioritários para o setor. Entre os temas que constarão dela, estão medidas para modernizar o gasto fiscal, simplificação do sistema tributário, lei de manejo ambiental, aumento do investimento público e melhora na eficiência da gestão governamental.

Os pontos da agenda serão apresentados pela CNI aos candidatos Presidência da República no segundo semestre deste ano.

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