O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis só será adotada em 2013 ou 2014. Segundo ele, o governo trabalha em novo regime automotivo no qual serão exigidas inovações tecnológicas da indústria automotiva para que haja redução do IPI cobrado. Ele explicou que é preciso tempo para que o setor se adapte às futuras exigências. "Nós queremos estimular a indústria automobílistica a [realizar] inovações tecnológicas, mas isso não é algo que se faz de um dia para a noite. A indústria automobilística não está pronta", afirmou.
Entre as exigências que serão feitas para a redução do IPI, o ministro citou a melhora da qualidade dos motores e a redução da emissão de poluentes. Mantega afirmou que haverá um selo do Inmetro para testar a qualidade dos automóveis. Ele fez um paralelo com a redução do IPI para a linha branca, que foi adotada apenas para produtos com selo de alta eficiência energética.
"Nós queremos inovações, que [as empresas] façam o projeto do carro no Brasil, queremos novos carros projetados aqui por engenheiros brasileiros", acrescentou.
O ministro disse ainda que fez questão de negar que a redução seria concedida em 2012 para evitar um congelamento do mercado de automóveis, com pessoas adiando suas compras na expectativa de redução do imposto. "Não deixem de comprar seus carros. O IPI não será reduzido agora", afirmou, durante palestra no jornal O Estado de S. Paulo.
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