A tentativa da presidente Dilma Rousseff de baixar os spreads dos bancos merece aplausos do setor industrial, na avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. "A medida dá fôlego para a indústria esperar grandes mudanças que o País precisa passar", disse.
A redução dos spreads - diferença entre os juros pagos pelos bancos ao captarem recursos e o custo dos empréstimos feitos aos clientes - tem sido defendida pelo Planalto. O governo quer forçar o setor bancário a baixar os juros cobrados nos empréstimos tanto para as pessoas físicas quanto para as empresas. O primeiro banco a anunciar corte de juros foi o Banco do Brasil, seguido pela Caixa Econômica Federal (CEF). Foram copiados pelos bancos privados. Um novo corte, no entanto, foi posteriormente anunciado tanto pelo BB quanto pela CEF.
Além da pressão para a queda dos spreads, Andrade destacou que também merece aplauso a desoneração da folha de pagamento alguns setores, como o de calçados e o têxtil. Segundo ele, esses segmentos começam a ver perspectivas melhores de negócios devido às medidas recentes do governo. "Política industrial se faz todo dia, com juros menores e redução de impostos", disse Andrade neste domingo durante o 11º Fórum de Comandatuba promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que reúne 750 executivos, empresários e políticos na Bahia.