A reestruturação da Oi está indo "muito bem", e deve ser concluída no quarto trimestre deste ano, disse o presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava.
No mesmo período, segundo ele, haverá condições para definir uma nova política de dividendos para a companhia brasileira, na qual o grupo português tem participação.
Para analistas, a reorganização abre caminho para a definição de uma política de dividendos de longo prazo, ficando mais visível a influência da Portugal Telecom na Oi.
"Temos plena confiança na capacidade da equipe de gestão da Oi, que irá integrar Francisco Valim como presidente-executivo, alavancar o apoio dos seus acionistas e entregar os resultados que preconizamos para um grande operador integrado num país com 200 milhões de habitantes", disse Bava em entrevista à Reuters por telefone.
Bava lembrou que desde o anúncio da reorganização societária o valor "de todas as ações cotadas do grupo" Oi subiram 10 por cento em bolsa.
"Acreditamos que a simplificação societária esteja concluída no quarto trimestre, e então estarão criadas todas as condições para a discussão de uma política de dividendos da Oi no futuro."
A Oi, que divulgará seu resultados do segundo trimestre em 15 de agosto, fechou o primeiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de 395 milhões de reais, devido a efeitos não recorrentes e queda das receitas.
A Portugal Telecom entrou na Oi, detendo 25,6 por cento da empresa brasileira, depois de ter vendido a sua parte na Vivo à Telefónica, em 2010.
A Portugal Telecom reportará seus resultados globais do segundo trimestre, incluindo a Oi, em 31 de agosto.