O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, admitiu nesta terça-feira que a integração da empresa com a Varig deverá resultar em uma redução da participação consolidada do grupo no mercado brasileiro de aviação civil. "Nosso foco agora é retomar a rentabilidade da companhia", disse. Em teleconferência com analistas, o executivo ressaltou que a questão referente à participação fica neste momento em segundo plano.

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A Gol espera concluir a integração com a Varig entre o final do terceiro e início do quarto trimestre de 2008. O processo, anunciado pela empresa no fim do mês passado, depende de autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A empresa estima ganhos de cerca de R$ 180 milhões com as sinergias previstas com a reestruturação.

O executivo explicou ainda que a reestruturação prevê a manutenção de apenas uma empresa sobre o guarda-chuva da GTA (Gol Transportes Aéreos), mas a manutenção das duas marcas no mercado. "A previsão inicial é de manter as duas marcas, mas ainda estamos estudando a forma que isso acontecerá", disse, sem dar maiores detalhes sobre quais serão as mudanças para o dia-a-dia dos passageiros que utilizam vôos do grupo.

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O executivo adiantou apenas que um passageiro que comprar passagem da Varig poderá voar com Gol e vice-versa. Ele ressaltou, no entanto, que a empresa será transparente com seus clientes sobre as mudanças. "Vamos divulgar como será a atuação da companhia assim que obtivermos a autorização da Anac", disse.

Questionado ainda sobre boatos de que poderia deixar a presidência da empresa por conta do fraco desempenho financeiro do grupo, Constantino Júnior disse que se a possibilidade existe não é do seu conhecimento.