São Paulo - O trabalhador brasileiro gasta, em média, R$ 21,11 para consumir fora de casa prato principal, sobremesa, bebida e cafezinho, aponta pesquisa feita pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert). O estudo do ano anterior indicou valor médio de R$ 18,20 o que aponta para uma alta de 15,98% no período. Curitiba teve um dos preços mais baixos da pesquisa: R$ 17,23.
"O custo dos alimentos pressionou a inflação no ano passado e isso reflete também no preço das refeições fora de casa", afirma o presidente da Assert, Artur Almeida. A inflação oficial, medida pelo IPCA, encerrou 2010 em alta de 5,91%. Almeida aponta que os alimentos ficaram 10,39% mais caros, contribuindo com 2,34 pontos porcentuais na formação do IPCA. "Isso representa 40% do índice", ressalta.
Segundo ele, a forte demanda também pressionou os preços das refeições. "Há um forte crescimento no país da procura por restaurantes, uma vez que a massa salarial no país tem aumentado", explica. Como o valor médio dos vouchers e cartões de alimentação é de R$ 10, a pesquisa aponta também que o trabalhador brasileiro não está conseguindo comer todos os dias do mês utilizando os benefícios de vale ou convênio refeição.
A cidade com a refeição mais cara foi o Rio de Janeiro. Os analistas da associação acreditam que isso se deve às novas obras em andamento na cidade, projetos da construção civil para a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e os investimentos no pré-sal. O levantamento foi feito em 3.256 estabelecimentos que aceitam tíquete, vale e cartão-refeição, entre 22 de novembro e 16 de dezembro.
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