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petróleo

Refinaria fará parceria com estrangeiros para óleo do pré-sal

A Refinaria de Manguinhos – única de capital privado no país – saiu na frente na disputa para oferecer capacidade de armazenamento de óleo para os sócios da Petrobras no pré-sal. A empresa deve anunciar hoje ao mercado a assinatura de contrato com uma das maiores tradings mundiais no comércio de combustíveis para avaliação de seu parque industrial. Numa futura venda da refinaria, ou mesmo formação de joint venture, a trading teria participação no negócio. O estudo sobre o melhor aproveitamento de Manguinhos deverá acontecer durante os próximos seis meses.

Conforme antecipou a reportagem em dezembro, as sócias da estatal nas áreas do pré-sal da Bacia de Santos, especialmente BG e Repsol, que têm participações mais significativas, querem armazenar no Brasil o óleo produzido no pré-sal, visando a exportação em larga escala. A ideia é que sua parcela de óleo retirada da Bacia de Santos seja tratada no país, com a eliminação do excesso de sal, e só depois transportada para o mercado externo.

Com a entrada em operação do projeto piloto de Tupi, que vai produzir 100 mil barris em 2011, e o início do Teste de Longa Duração de Guará, também neste ano, com produção de 15 mil barris diários, as duas companhias passam a ter papel efetivo na produção nacional e a armazenagem local vira uma urgência. Cada uma das empresas possui 25% dos blocos BM-S-11 (BG), onde estão Tupi, Iara e Iracema, e do BM-S-9 (Repsol), que abrange Carioca e Guará.

Com esta transação em Manguinhos, fontes do mercado acreditam que as companhias poderiam reduzir o custo de tratamento e de transporte em relação ao que pagam hoje para a Petrobras. "Hoje não há alternativas e estas empresas estão dependentes da Petrobras para fazer esta operação", comentou uma fonte do mercado, antecipando que a negociação entre Manguinhos está mais forte junto à britânica BG. Atualmente, as companhias que produzem em grande escala no Brasil, como Shell, Chevron e Devon, exportam suas produções diretamente para áreas de tancagem no exterior.

Áreas no Espírito Santo e em Santa Catarina também chegaram a ser avaliadas para este tipo de armazenamento, mas segundo estas fontes Manguinhos teria a estrutura já instalada e com possibilidades de iniciar este tipo de operação num curto prazo. O mercado estima que a refinaria poderia ser vendida por algo em torno de US$ 500 milhões, e seriam necessários mais US$ 150 milhões para viabilizá-la para o tratamento do óleo. Há ainda perspectivas de aumentar sua capacidade de armazenamento, hoje em torno de 210 milhões de litros, para algo próximo de 1 milhão de litros.

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