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O preço dos alimentos, que está pressionado neste momento, deve sofrer nova alta caso a reforma tributária seja aprovada no Congresso. Segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as mudanças na cobrança de impostos para o setor poderão levar a um aumento adicional na inflação oficial de 1,8 ponto porcentual em 18 meses.
A projeção considera a "pior das hipóteses" para o setor: a proposta de emenda constitucional (PEC) 45, em tramitação na Câmara. Há impacto também para a área agrícola em outros projetos de reforma tributária, inclusive o enviado pelo governo, que prevê a unificação do PIS/Cofins e a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
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Pela proposta da Câmara, o agronegócio será tributado em 25% e não haverá desoneração de nenhum produto. Para a CNA, isso levará a um aumento no custo de produção, já que maquinários e insumos como sementes e fertilizantes não terão mais benefícios tributários.
Cálculos da CNA mostram que produzir pode ficar 23,6% mais caro na pecuária de corte, 19,4% no caso da soja e do milho, 19,3% no café e 14% no arroz, o atual vilão dos preços nas gôndolas de supermercado. As projeções foram feitas com base nos custos de produção de Wanderley (BA), Sorriso (MT), Monte Carmelo (MG) e Uruguaiana (RS), respectivamente.
Para o coordenador do núcleo econômico da CNA, Renato Conchon, o fim dos benefícios tributários resultará em um aumento imediato nos custos. "Os insumos ficarão mais caros, o custo de produção sobe e a necessidade de fluxo de caixa é maior. O produtor terá de pegar mais empréstimos."