Movimento no Aeroporto Internacional de Brasília| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Ao divulgar resultados do segundo trimestre durante coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (7), o diretor da Latam Brasil, Jerome Cadier, disse que se o setor aéreo for mantido fora do rol das alíquotas diferenciadas da reforma tributária, a tendência é de que o preço das passagens aumentem de 15% a 20%.

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“A Tributária vai acarretar em um aumento relevante no preço de passagens, o que impacta negativamente a demanda, reduz a capacidade de crescimento das aéreas e diminui a atratividade para turistas internacionais”, afirmou Cadier.

"Quem pagará o imposto é o passageiro e, parte deste valor, a gente repassará para o governo. Em outras palavras, a decisão acarretará no aumento de preço das passagens aéreas de forma relevante no mercado brasileiro e fará com que a demanda seja impactada. Como está hoje, prevemos um aumento de 15% a 20% no preço médio da passagem aérea", completou.

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De acordo com Cadier, a decisão do governo brasileiro de não isentar o setor da aviação do aumento de impostos vai na contramão do que tem sido feito em outros países.

Na versão atual do texto da reforma tributária, as companhias aéreas do Brasil devem pagar a alíquota cheia, o que, segundo Cadier, elevará significativamente o volume de impostos pagos pelas empresas.

“Teremos de repassar isso para as tarifas”, ressaltou Cadier ao destacar que os impactos da decisão do governo serão “extremamente negativos para o Brasil a longo prazo” caso o texto da reforma não seja alterado.

No início deste mês, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, disse que a alíquota média dos novos tributos sobre consumo, estimada inicialmente em 21% no projeto de regulamentação enviado ao Congresso, pode aumentar devido às novas exceções aprovadas pela Câmara em julho.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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