Presidente da Câmara tenta convencer o PL a não orientar os 99 votados a votarem contra a reforma tributária.| Foto: reprodução/BandNews TV
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse na manhã desta quinta (6) que pediu ao PL para não fechar questão com a bancada na casa a votar contra o projeto da reforma tributária, que está com a votação agendada para começar no final da tarde.

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Lira diz que tem conversado com os líderes partidários desde a noite de domingo (2), e que, em especial com o PL, está com uma conversa mais próxima. O partido está reunido desde cedo para decidir como os 99 deputados vão votar, principalmente sob orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem se colocado contra a proposta.

“Não é recomendável que nenhum partido se coloque contra a reforma. Temos que diminuir a temperatura [política]. Essa PEC nasceu no Congresso Nacional, já estamos desde 2019 discutindo essa PEC. Nós tivemos muitos esforços para chegar nos dias de hoje, e acho injusto uma politização de radicalização neste momento”, disse em entrevista ao BandNews TV.

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O parlamentar citou como exemplo o governo de São Paulo, um dos estados que sempre se posicionou contra a reforma tributária ao longo dos anos e que mudou de opinião após a sugestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de se criar um conselho de governança, foi aceita pelo governo. Segundo Lira, as negociações em torno da formação do órgão estão avançando, o que vai trazer o apoio do estado ao texto.

Arthur Lira disse, ainda, que espera uma votação expressiva da proposta além dos 308 votos necessários. “Não podemos cravar o resultado da votação da reforma, mas expectativas são boas”, afirmou.

O parlamentar afirmou que o diálogo permanece aberto com todos os setores envolvidos, governadores, prefeitos e confederações, e que o projeto “não é uma pauta do Executivo, Legislativo ou Judiciário, é uma pauta do país”.

Ainda durante a entrevista, Lira voltou a negar que o grupo político ligado a ele e ao PP tenha pedido ministérios ao governo Lula, como chegou a ser ventilado e que poderia ser o da Saúde ou do Desenvolvimento e Assistência Social em troca de mais apoio no plenário.

De acordo com ele, "todos os ministérios são do presidente Lula". Lira pontuou que o "grupo" são os 464 deputados da casa que vão do PT ao PL. "Internamente, eu trato todos eles com a mesma tranquilidade, paciência e diálogo", disse.

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