O conselho de administração da Petrobras aprovou, em reunião realizada nesta sexta-feira (24), a reestruturação da TAG (Transportadora Associada de Gás), que opera a malha brasileira de gasodutos. O processo faz parte da preparação para a venda da subsidiária.

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Até o fechamento desta edição, não havia detalhes sobre como ficará a nova TAG, mas a tendência é que a empresa seja dividida em duas: uma com os gasodutos das regiões Norte e Nordeste e outra com a malha do Sul e Sudeste.

A Petrobras apresentou ao mercado três propostas para a venda da TAG, que vão de uma fatia de 49% até 80%. Mas ainda não foi aberto o processo de venda das novas empresas.

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Segundo estimativa do banco JP Morgan, a TAG pode render à Petrobras até US$ 8 bilhões, dependendo do modelo adotado. A empresa controla 6,5 mil quilômetros de dutos no país.

Além da TAG, o plano de desinvestimento da Petrobras prevê a venda de participação em distribuidoras de gás canalizado, térmicas e áreas de exploração de petróleo. A expectativa é que a primeira operação seja avaliada na próxima reunião do conselho, no mês que vem.

Greve da Petrobras tem adesão em pelo menos 10 estados

Sindicalistas estão estudando a realização de uma greve por tempo indeterminado em setembro

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Greve

Durante a sexta-feira (24), os petroleiros protestaram em 11 estados contra a venda de ativos e a redução de investimentos previstos no novo plano de negócios da Petrobras. A mobilização atingiu 25 plataformas de produção, refinarias e terminais de armazenamento de petróleo e combustíveis.

Na mobilização, os trabalhadores impediram troca de turnos, atrasaram a entrada no trabalho ou entregaram a operação de instalações a prepostos da companhia. A Petrobras informou, porém, que não houve prejuízo à produção de petróleo e ao abastecimento de combustíveis.

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Em nota, a Petrobras informou que “em algumas unidades, houve registro de bloqueios na entrada dos empregados, gerando atrasos, assim como corte de rendição de turno”.

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“As atividades da empresa estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e de seus trabalhadores”, diz o texto.

Lideranças sindicais prometem uma mobilização por tempo indeterminado a partir de setembro, caso as reivindicações não sejam aceitas. O movimento tem inspiração na greve de 1995, a maior da categoria, contra propostas de privatização da companhia no governo Fernando Henrique Cardoso.