A fabricante paranaense de lanchas Way Brasil começou o segundo semestre de 2016 diversificando suas fontes de receita. A empresa começou a exportar barcos para a Argentina e vai lançar no mercado duas novas linhas de produtos, uma voltada para a pesca oceânica e outra para o público premium. A expectativa é aumentar a produção em até 40%.
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As estratégias visam proteger a empresa da crise. Depois de anos de expansão constante, as vendas do estaleiro paranaense diminuíram no último ano. A queda não chegou a afetar o negócio, mas obrigou o proprietário a traçar alternativas para proteger o estaleiro das oscilações do mercado.
O primeiro plano foi voltar para o mercado externo. No início deste ano, a Way Brasil fechou uma parceria com um distribuidor da Argentina para exportar 12 lanchas Triton Yachts. Duas unidades de 24 e 27 pés já foram enviadas para o país vizinho.
É primeira vez que a empresa exporta para a América Latina. Há dez anos, foram enviadas 30 lanchas de passeio para o mercado europeu, principalmente para a Noruega, mas as condições não eram atrativas. Depois, veio a crise que desacelerou o mercado de luxo europeu.
“Agora, as condições financeiras estão mais favoráveis e há mais facilidades para exportar”, explica Allan Cechelero, diretor de marketing do estaleiro. Ele também afirma que a empresa amadureceu nos últimos dez anos, conseguindo uma série de certificações exigidas para vender no exterior.
Novos produtos
A Way Brasil também vai lançar no mercado duas novas linhas de produtos para se proteger da crise. Já começaram a ser feitos na fábrica em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, barcos de pesca oceânica de 20 a 40 pés.
E até o fim de outubro a empresa vai começar a fabricação de um linha premium de lanchas, destinada ao público de maior poder aquisitivo. A ideia é que os novos produtos abasteçam tanto o mercado interno quanto externo.
Após os lançamentos, a empresa estima que vai aumentar em 40% a produção. Hoje, o estaleiro faz uma média de 120 unidades por ano, grande parte vendida para clientes de São Paulo e dos estados da região Sul. O preço varia entre R$ 150 mil e R$ 2,5 milhões. A fábrica emprega cerca de 100 funcionários.
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