Desemprego em 2013 foi de 7,1%, aponta nova pesquisa do IBGE

Em um ano de fraco crescimento do PIB, a taxa de desemprego no Brasil fechou o ano em 7,1%, segundo a nova pesquisa do IBGE. Em 2012, a taxa havia sido de 7,4%. Leia matéria completa.

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Suspensa, Pnad Contínua só será divulgada em 2015

A revisão de metodologia que levou à suspensão das divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foi motivada por questionamentos dos senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE) no início de abril. "Mas tem outros parlamentares envolvidos com essa questão", contou Wasmália Bivar, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Leia matéria completa.

Mantendo o cenário registrado em 2012, a região Sul do Brasil apresentou a menor taxa média de desemprego em 2013, com um índice de 4,2% da população desocupada – ante 4,5% no ano anterior. Os dados são da PNAD Contínua, nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o mercado de trabalho, divulgada nesta quinta-feira (10).

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A taxa da região Sul supera a média nacional, que em 2013 ficou em 7,1%. Neste mesmo ano, o maior índice de desemprego ficou com o Nordeste, onde 9,45% da população economicamente ativa não tinha emprego formal.

Nos quatro trimestres analisados pelo IBGE em 2013, a maior taxa de desempregados foi registrada entre janeiro e março, quando a média foi de 4,8% da população desocupada. Entre abril e junho, a taxa foi de 4,3%, contra 4,1% entre julho e setembro. "De um modo geral, a região Sul já vem há muitos anos apresentando um mercado diferenciado. Isso não explica tudo, mas é uma das fortes razões que faz com que a gente tenha uma taxa tão baixa. E também porque na região, o formato industrial é basicamente de pequenas e medias indústrias, que tendem a empregar bastante. Outra é que o mercado é bastante dinâmico, e tem uma diferencial comparado às demais regiões", explica o diretor de estatística do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Daniel Nojima.

Por idade

Já considerando as cinco faixas etárias estabelecidas pelo instituto, a que mostrou maior quantidade de desocupados foi a de pessoas entre 14 e 17 anos, com 16,9% de desempregados. O índice só leva em conta a população que está buscando por uma vaga no mercado de trabalho.

Os dados da região Sul mostram ainda um decréscimo no número de pessoas desempregadas conforme o aumento da idade. Assim, o índice de desocupados na faixa etária de 18 a 24 anos ficou 8,8%, enquanto entre 25 e 39 anos, 40 e 59 anos e 60 anos ou mais registraram, respectivamente, 3,8%, 2% e 1,3%. "É sempre natural que haja uma taxa de desocupação maior para a população mais jovem. O mercado busca, ainda que minimamente, certa experiência, mais maturidade. E isso normalmente vai ser encontrado na faixa dos 25 anos para frente. Ainda é possível, entre outras coisas, que existem jovens a procura de colocações, mas não urgentes. Ou seja, procura a colocação, mas não aceita qualquer uma porque não está tão desesperado", relata Nojima.

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Último trimestre de 2013

Puxada pelos empregos formais de fim de ano, a taxa de desocupação na Região Sul ficou em 3,8% no último trimestre de 2013, a menor em comparação com os demais trimestres.

Em comparação com o mesmo intervalo de tempo de 2012, o índice de pessoas sem trabalho formal chegou a 4%, mas mesmo assim, a região manteve o menor índice do país neste período.