O governo do Reino Unido afirmou neste sábado que continua a avaliar a possibilidade de lançar um programa de incentivo à troca do carro usado para estimular a indústria automotiva, apesar de relatos de que o Ministério das Finanças é reticente em relação à idéia.

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Sob o esquema discutido, carros com mais de nove anos podem valer um desconto de 2.000 libras, quase 3.000 dólares, na compra de um carro novo.

O jornal The Times publicou neste sábado que há uma discordância profunda entre o secretário de Negócios, Peter Mandelson, e o ministro das Finanças, Alistair Darling, sobre a proposta.

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Sem citar fontes, a matéria diz que Mandelson defende que Darling faça do plano uma proposta importante do Orçamento que será apresentado no dia 22 de abril, mas o ministro está preocupado com o custo e as condições do programa.

"Representantes dos dois departamentos continuam a avaliar as possibilidades de um esquema como esse. No entanto, nenhuma decisão foi tomada", afirmou um porta-voz do departamento de Mandelson sobre a reportagem.

Ninguém do Ministério das Finanças comentou a matéria de imediato.

O objetivo do plano é estimular a indústria automotiva, cujas vendas caíram devido à recessão, e ao mesmo tempo substituir carros velhos por veículos que poluem menos.

Um plano semelhante na Alemanha ajudou a aumentar os registros de carros novos no país em 40 por cento em março.

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A venda de carros no Reino Unido naquele mesmo mês foi 30 por cento mais baixa que no ano passado.

O plano para incentivar a troca do carro usado é a principal reivindicação da indústria automotiva britânica.

"O plano está recebendo mais apoio. Mas o ministro (Darling) não deseja fazer anúncios fora do Orçamento", disse nesta semana um representante da indústria.

O primeiro-ministro Gordon Brown tem dito que o Orçamento vai conter medidas ambientais para ajudar na recuperação econômica, criando milhares de empregos "verdes".

Analistas afirmam, contudo, que Darling quer equilibrar as necessidades de uma economia em dificuldades com as de finanças públicas em situação ruim.

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