O ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, afirmou hoje que seu governo vai cortar a participação do Estado na economia. Durante anúncio do orçamento emergencial, Osborne disse ainda que a idade mínima para aposentadoria será elevada para 66 anos, que a partir de abril de 2011 os benefícios fiscais serão cortados para famílias que ganham mais de 40 mil libras por ano e que será implementado um congelamento por três anos no benefício fiscal para crianças.
O orçamento anunciado por Osborne também prevê que o desemprego atinja o pico de 8,1% neste ano e caia para 6,1% em 2015. A dívida do setor público será de 62% do Produto Interno Bruto (PIB) britânico no ano fiscal 2010/2011 e subirá para 70% do PIB no ano fiscal 2013/2014.
Setor bancário
O ministro afirmou ainda que o governo aplicará uma nova taxa sobre o balanço dos bancos a partir de janeiro de 2011, o que renderá 2 bilhões de libras esterlinas ao ano. Os bancos atingidos pela nova taxação incluem instituições locais e cooperativas de crédito, além das operações britânicas de bancos estrangeiros. Os bancos pequenos não devem ser atingidos pela medida.
O governo disse estar propondo uma taxa de 0,07% sobre o balanço dos bancos, compreendendo ativos e dívidas. Para o ano seguinte, a taxa deve cair para 0,04%. Governo também continuará estudando a possibilidade de aplicar uma taxa sobre o lucro e a remuneração dos bancos. A nova taxa anunciada hoje tem como foco as porções mais arriscadas do balanço dos bancos e, portanto, exclui dos cálculos o capital Tier 1 (capital core da instituição) e depósitos do varejo com seguros.
A taxa sobre o balanço dos bancos também foi mencionada em comunicado conjunto do Reino Unido com a Alemanha e a França. O objetivo dos países - que pretendem convencer seus pares do G-20 a adotar o mesmo mecanismo - é a criação de fundo compensatório para enfrentar futuras crises financeiras. As informações são da Dow Jones.