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Arcabouço

Relator da nova regra fiscal diz que há “ruído” sobre falta de punição por não atingir metas

Cláudio Cajado
Cláudio Cajado diz que projeto da nova regra fiscal tem gatilhos e regras definidas pela Lei de Responsablidade Fiscal. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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O relator do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), disse nesta quarta (10) que está ocorrendo um “ruído” na discussão do novo projeto sobre o que seria uma falta de punição ao presidente da República no caso de não atingir as metas estabelecidas para o resultado primário das contas públicas.

Cajado afirma que alguns deputados pedem regras duras de punição, enquanto que outros defendem não haver sanções -- ou mais brandas. “É preciso encontrar um equilíbrio”, disse.

“Nós não estamos falando aqui de crime de responsabilidade contra o presidente da República. Essa é uma questão que está fora do texto do arcabouço porque nós trabalhamos com a Lei de Responsabilidade Fiscal. A Lei de Crime de Responsabilidade é uma outra legislação. Quando se fala em sanções e gatilhos, é na gestão para o acompanhamento e perseguição da meta do resultado primário, é isso que estamos tratando”, explicou em entrevista à GloboNews.

Segundo o deputado, o esboço do texto com as considerações do relator já está pronto, e agora em fase de negociação com os demais parlamentares para colocar em votação possivelmente na próxima semana. Cajado se reuniu com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) na terça (9) e terá reuniões com as bancadas do PSB e PSD na tarde desta quarta (10).

Além de Cajado, os ministros Costa e Padilha também devem se reunir com líderes dos dois partidos nesta quarta (10) para melhorar a articulação do governo no Congresso.

Também durante o dia, o parlamentar terá uma reunião com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, para apresentar o esboço do projeto da nova regra fiscal.

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Cajado disse, ainda, que está aberto a negociações para buscar consenso em pontos de sensíveis do projeto, como a questão dos gatilhos de gastos e contingenciamentos, a revisão de desonerações tributárias, metas mais ambiciosas ou mais brandas, entre outros.

“Temos de falar ao mercado que o equilíbrio das contas está sendo buscado”, disse.

Cláudio Cajado afirmou, ainda, que está conversando com partidos de fora da base governista, como PSDB e PL, para conquistar os votos necessários. “Todos estão conscientes da importância desse marco fiscal”, completou.

A expectativa é de que o texto final do relator seja apresentado na sessão plenária de quinta (11) da Câmara dos Deputados. A previsão inicial era ainda nesta quarta (10), mas as reuniões de articulação adiaram o prazo.

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