A política de privacidade do aplicativo de mensagens WhatsApp foi criticada pela EFF (Electronic Frontier), uma ONG norte-americana de direitos na área digital em um relatório. Foi a primeira vez que o aplicativo foi avaliado pelo relatório anual da EFF “Who has your back?” (expressão em inglês que significa algo como “quem protege você?”).
O documento avalia empresas de comunicação e internet com base em cinco critérios de privacidade em relação ao governo norte-americano. Para cada item completado, a empresa recebe uma estrela.
Os critérios analisam se a empresa realiza as “melhores práticas” (se exige um mandado do governo para entregar dados dos usuários e se publica um relatório transparente sobre pedidos do governo), se informa seus usuários quando o governo exige dados, se revela casos de retenção de dados sobre os usuários e quantas vezes o governo buscou remover conteúdo ou contas e, por fim, se a empresa se opõe publicamente ao monitoramento em massa.
O WhatsApp recebeu apenas uma estrela por sua política pública de oposição ao monitoramento em massa. O relatório apontou que a empresa não exige mandado do governo para entregar dados, não publica um relatório transparente e nem promete avisar usuários sobre requerimentos governamentais de dados.
Além disso, “o WhatsApp não publica informações sobre suas políticas de retenção de dados, incluindo a retenção de endereços IP e conteúdo deletado”, segundo o documento.
“Apesar de a EFF ter dado um ano inteiro para a companhia se preparar para sua inclusão no relatório, ela não adotou nenhuma das melhores práticas que nós identificamos. Nós apreciamos os passos que o Facebook (dona do WhatsApp) tomou para proteger seus usuários, mas há espaço para o WhatsApp melhorar”, comenta o relatório.
O aplicativo e a operadora de telecomunicações dos Estados Unidos, AT&T, foram as únicas companhias das 24 avaliadas a receber só uma estrela.
Melhores
Apple, Yahoo, Adobe, Wordpress e Dropbox foram algumas das empresas que receberam cinco estrelas. O Facebook obteve quatro estrelas; Microsoft, Twitter e Google, três cada um os dois últimos foram criticados pela EFF por não revelar ao usuário quando o governo exige seus dados.
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