Remessas de recursos e um cenário externo desfavorável depois das eleições norte-americanas fizeram o dólar subir 0,37 por cento no fechamento da quarta-feira, para 2,146 reais.

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O leilão de compra de dólares do Banco Central à tarde também ajudou a acelerar o avanço da moeda. A autoridade monetária aceitou ao menos sete propostas, com corte a 2,146 reais.

``Foi mais fluxo de saída mesmo... e pesou um pouco o cenário lá fora'', resumiu Paulo Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa.

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As bolsas norte-americanas operavam em baixa nesta quarta-feira, depois que os democratas obtiveram o controle da Câmara dos Estados Unidos nas eleições, e podem ser maioria no Senado também.

Segundo relatório da consultoria econômica Uptrend, ``a vitória democrata abre espaço para dois anos difíceis da administração Bush e o fim de oito anos de mandato republicano''.

A preocupação dos investidores é que o impasse político possa complicar a aprovação de reformas e atrapalhar o clima de negócios.

A notícia de que o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, renunciou ao cargo deu algum alento ao mercado no fim da tarde e fez as bolsas em Wall Street reduzirem as perdas e o dólar amenizar a queda sobre outras moedas.

O diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, lembrou ainda que no fim do ano o volume de remessas de recursos aumenta, já que muitas empresas compram dólares para remeter lucros para as matrizes no exterior.

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Mas ele citou a presença de exportadores na ponta de venda da moeda, ajudando a segurar a valorização do dólar.