Vendas - Mercado paranaense cresce acima da média nacional
O emplacamento de carros novos no Paraná acumula alta de 30,4% desde o início do ano. O avanço é superior ao do mercado brasileiro, que cresceu 27,4% nos oito primeiros meses do ano e deve atingir recorde histórico até dezembro. De acordo com dados divulgados ontem pela regional paranaense da Fenabrave, de janeiro a agosto foram emplacados 129,2 mil automóveis e comerciais leves no estado, frente a 99,1 mil carros no mesmo período do ano passado. Apenas em agosto, foram 19,4 mil unidades, com avanço de 4,9% sobre julho e de 44% sobre agosto de 2006.
O número de emplacamentos é um indicador das vendas de veículos, mas a Fenabrave adverte que o dado pode ser afetado pelos carros que são comprados em outros estados e licenciados no Paraná. Isso ocorre porque a alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no estado é mais baixa que em outras regiões.
Na soma de todos os segmentos do setor automotivo que também inclui caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários , o número de emplacamentos no Paraná chega a 215,3 mil neste ano, com alta de 26,7% sobre igual período de 2006. Nesse caso, o crescimento é ligeiramente inferior ao da média nacional (28,3%). Os segmentos com maior avanço no estado são o de implementos rodoviários (carretas e caçambas), com alta de 38,4%, e o de caminhões, com crescimento de 34%. O destaque negativo fica por conta do mercado de ônibus, que, apesar de ter acelerado no mês passado, ainda registra queda de 18,3% em relação a 2006. (FJ)
Menos de dois meses depois de chegar às concessionárias, o sedã popular Logan fabricado em São José dos Pinhais é alvo de seu primeiro "recall". A Renault do Brasil que ao lançar o carro destacou sua garantia total de três anos e seu baixo custo de manutenção está convocando os proprietários de 1.623 unidades para verificar a trava do pedal de freio dos veículos, que pode ter problemas de montagem. Em comunicado divulgado ontem na televisão, rádio e jornais de grande circulação, a empresa informou que as possíveis conseqüências do defeito são o "acendimento constante da luz de freio e, em casos extremos, a diminuição da eficiência da frenagem, com a possibilidade de ocorrerem acidentes com ferimentos graves ou fatais".
Trata-se da segunda convocação de proprietários feita pela Renault neste ano. Meses atrás, a montadora solicitou que os donos de quase 80 mil unidades da minivan Scénic comparecessem às revendedoras para trocar os fechos do cinto de segurança. Desde janeiro, outras nove empresas do setor realizaram campanhas de recall. Entre as dez montadoras que mais vendem automóveis no país, apenas Ford e Toyota não fizeram esse tipo de convocação neste ano.
Produzido em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), o Logan é a aposta da montadora para elevar sua participação no mercado brasileiro, reduzir a ociosidade da fábrica e alcançar o lucro após quase uma década de prejuízos. A estratégia da montadora para conquistar o consumidor que poderia resistir ao design do veículo, tido como antiquado foi oferecer uma garantia total de três anos ou 100 mil quilômetros, cobertura até então inédita no segmento de sedãs compactos. Na campanha publicitária, a marca francesa também deu destaque ao grande espaço interno do veículo e a seu baixo custo de manutenção e reforma.
Analistas de mercado divergem sobre o possível impacto do recall nas vendas do veículo. Para o diretor da consultoria Megadealer Automanagement, José Rinaldo Caporal Filho, o efeito tende a ser "bastante limitado". "Não apenas no setor automotivo, o recall virou procedimento comum. Isso não significa que os carros tenham mais problemas, e sim que a lei e o próprio consumidor estão exigindo mais transparência das empresas. Antigamente, os defeitos passavam batido", avalia.
Para o especialista em setor automotivo David Wong, vice-presidente da consultoria Kaiser Associates, é "muito difícil" prever as conseqüências do recall sobre o desempenho comercial do Logan. "Quando a General Motors chamou os proprietários do Celta para trocar o cinto de segurança, não inibiu as vendas do carro. O mesmo pode acontecer agora com a Renault. Mas, como a questão do pedal de freio é um pouco mais delicada, talvez o consumidor possa ficar mais sensível à situação."
Em seu comunicado, a Renault ressaltou que a convocação tem "caráter preventivo". "Esta campanha de recall tem como objetivo a verificação e, se necessário, a correção da trava que prende a haste do servo-freio ao pedal de freio", informou a montadora. Segundo a empresa, todos os clientes envolvidos na convocação vão receber uma comunicação em casa, convidando-os a comparecer a uma concessionária. A empresa colocou à disposição dos consumidores o telefone (0800-0555615) e o e-mail (atendimento@renaultsac.com.br) de seu serviço de atendimento ao cliente.
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