No embalo de um crescimento de vendas bem superior ao do mercado nacional, a Renault do Brasil dobrou seu lucro em 2012. A empresa encerrou o ano com resultado líquido de R$ 440 milhões, 105% acima do registrado em 2011 (R$ 215 milhões). A receita líquida de vendas aumentou 22%, para R$ 9,5 bilhões.
O lucro do ano passado, o sexto seguido, foi o mais alto desde que a montadora francesa começou a produzir no Brasil, em 1999. Como ela sofreu prejuízos em seus oito primeiros anos no país, ainda acumula um prejuízo superior a R$ 2,6 bilhões em território nacional; de todo modo, essa soma é a "menos vermelha" desde 2002.
Passada a euforia de 2012, a Renault tem à frente o desafio de reverter a queda nas vendas deste início de ano, causada pela paralisação na fábrica de São José dos Pinhais, que foi ampliada. De janeiro a abril, a montadora vendeu 42,6 mil carros, 18,5% menos que no mesmo período do ano passado, ao passo que o mercado cresceu 2,1%.
Destaques
A Renault destacou dois veículos fabricados no Paraná como os principais responsáveis pelo bom desempenho de 2012: o Duster, que alcançou a liderança do mercado de utilitários esportivos, e o hatch Sandero, modelo mais vendido da empresa. As vendas do Duster saltaram de 9,4 mil unidades em 2011 para 46,9 mil no ano passado, e os emplacamentos do Sandero aumentaram de 81,8 mil para 98,4 mil unidades.
Ao todo, a Renault vendeu 241,6 mil veículos em 2012, 24,3% a mais que no ano anterior. Por ter crescido bem mais que a média de todas as montadoras (+6,1%), a empresa elevou sua fatia de marcado de 5,7% para 6,7%. No balanço publicado no Diário Oficial do Paraná, a montadora também mencionou "a estratégia de ampliação e renovação da gama de produtos com a chegada de modelos como Novo Clio, Fluence GT, Duster Tech Road, Sandero GT Line e nova linha de motores e a expansão da rede comercial, com um aumento de 15%, totalizando 235 concessionárias em todo o país".
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