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Indústria

Renault e Volks dão férias coletivas a 4 mil pessoas

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As montadoras brasileiras continuam tentando se adaptar à retração do mercado de veículos. No Paraná, Renault e Volkswagen vão conceder férias coletivas a cerca de 4 mil pessoas neste mês. O objetivo é diminuir a produção e, com isso, aliviar a lotação de seus pátios. As duas empresas, instaladas em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), já haviam adotado medidas semelhantes neste ano.

INFOGRÁFICO: Veja os dados do setor automotivo em 2014

Afetada principalmente pela queda de mais de 50% nas exportações para a Argentina, a Renault dará folga a metade de seus funcionários de 13 a 22 de outubro. Vão entrar em férias 3 mil trabalhadores – 2,5 mil da fábrica de veículos de passeio e 500 da linha de motores. Nesses dez dias, a fábrica deixará de produzir 12 mil motores e 10 mil unidades dos modelos Sandero, Logan e Duster.

A Volkswagen, que emprega 3,2 mil pessoas no estado, dará férias aos funcionários do primeiro turno de produção entre meados de outubro e o início de novembro. A empresa não informou detalhes, mas, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), aproximadamente mil trabalhadores ficarão em férias por 20 dias.

No primeiro semestre, a Volkswagen havia adotado o chamado "layoff", suspendendo temporariamente os contratos de 700 funcionários em diferentes ocasiões. Desses, 550 ainda estão sem trabalhar, e parte deles deve retornar às atividades nas próximas semanas, conforme o SMC. A Renault, por sua vez, havia aproveitado a Copa do Mundo para dar férias de 20 dias a 4 mil trabalhadores no mês de junho.

Outra montadora instalada no Paraná, a fabricante de caminhões e ônibus Volvo, deu férias coletivas de 22 dias, entre maio e junho, a 400 funcionários da linha de produção de veículos semipesados. A empresa informou que por enquanto não há previsão de novas medidas do gênero.

Retração

Sob o impacto da queda nas exportações e nas vendas domésticas, a produção brasileira de carros de passeio e utilitários caiu 18% de janeiro a agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2013, segundo a Anfavea (associação das montadoras). A fabricação de caminhões baixou 23% e a de ônibus, 9%.

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