A Renault deu ontem o pontapé inicial para uma nova fase no Brasil, com o lançamento de seu quarto modelo nacional, o novo Mégane, que já começa a ser vendido no país e é produzido no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. O novo carro é o primeiro entre cinco veículos inéditos que serão produzidos no país até 2009 e que receberão um total de US$ 120 milhões, conforme já anunciado no mês passado, em Paris, pelo presidente mundial da marca, o brasileiro Carlos Ghosn, durante a apresentação do ambicioso plano de metas, que prevê recuperar a imagem e as vendas da marca nos próximos quatro anos em todo o mundo.
A Renault planeja contratar até o fim do ano mais 700 funcionários para a fábrica paranaense que emprega atualmente um total de 2,8 mil trabalhadores. Com as novas contratações, explica Pierre Poupel, presidente da Renault do Brasil e diretor geral da Renault Mercosul, a unidade poderá iniciar o segundo turno de produção já no início de 2006.
Inaugurada em 1998, a linha de montagem de veículos em São José dos Pinhais sempre trabalhou com ociosidade. Projetada para fabricar 200 mil carros por ano, hoje produz apenas 75 mil unidades, tanto para o mercado interno quanto para exportação. Além do Mégane, são montados no Paraná os modelos Clio (hatch e sedã), Scénic e Master.
"Nunca tivemos lucro no Brasil, mas a partir de 2006 deveremos começar ater", prevê Pierre Poupel, presidente da Renault do Brasil e diretor geral da Renault Mercosul. Para isso, mais novidades estão programadas para os próximos meses. Em setembro deste ano, está prevista a chegada da versão perua do Mégane e, no início de 2006, é a vez do Logan Sedan estrear no mercado nacional, com a missão de ser um dos carros mais baratos do país. Os outros lançamentos ainda estão sendo mantidos em segredo, mas especula-se que seriam o Logan perua e um jipe que viria para concorrer com o Ford EcoSport.
Com o lançamento da versão três volumes do Mégane, o vice-presidente comercial da Renault, Christian Pouillaude, espera aumentar as vendas da marca no país. Para 2006, projeta o executivo, deverão ser comercializados 61 mil veículos novos, um crescimento de 29% em comparação as 47 mil unidades vendidas em 2005. Além disso, o fabricante francês quer recuperar rapidamente sua participação no mercado brasileiro, que caiu de 4,3% em 2003 para 2,9% em 2005. "Esperamos fechar o ano com 3,6% de participação", arrisca Pouillaude. Para este ano, a previsão da montadora é comercializar 12 mil unidades do novo Mégane.
Quanto à demora da Renault em reagir à sua queda de participação demercado, Pierre Poupel afirma que a montadora optou por esperar para ver como o mercado brasileiro se comportaria após as crises econômicas dos últimos anos. "Mas não ficamos paralisados. Neste período, não fechamos nenhuma fábrica (uma referência direta à crise argentina de 2002), melhoramos nossa produtividade e reduzimos os custos", diz o presidente da Renault do Brasil, que em maio será substituído por Jérôme Stoll, que até agora comandava a Renault Samsung Motors, na Coréia do Sul.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast