A Renault vai cortar as exportações de veículos para mercados menos expressivos, como Colômbia e México, para reforçar os estoques no Brasil. O objetivo é manter as vendas diante da parada programada na produção de 15 de novembro a 15 de janeiro, quando a fábrica em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) será ampliada.
O vice-presidente da marca no Brasil, Alain Tissier, afirmou nesta quinta-feira (31) que a decisão não está ligada à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao setor automotivo. Com os carros mais baratos, havia o risco da montadora não conseguir manter os estoques, o que foi descartado por Tissier.
A a Renault envia 8 mil veículos para o México e a Colômbia -cerca de 5% da produção total anual. A Argentina, que é o principal mercado importador dos veículos da marca produzidos no Brasil, também poderá sofrer uma redução, mas não tão expressiva. Os números não foram divulgados.
Além do corte na exportação, a Renault já trabalha no limite de produção, com 47 veículos por hora. A fábrica, que atuava em três turnos, adotou o sábado para elevar ainda mais a produção. Até 2015, serão investidos R$ 1,5 bilhão na unidade para atingir a marca de 60 veículos produzidos por hora.
Com a ampliação da fábrica e o crescimento do mercado interno, a Renault espera vender 220 mil veículos por ano, alcançando participação de mercado de 7%. Atualmente, a montadora é a quinta no ranking das que mais vendem no Brasil.
- Venda de carros e comerciais leves sobe 12% em maio sobre abril
- IBGE: produção automotiva ainda não sentiu corte de IPI
- BB bate recorde no financiamento de veículos em maio
- IPI reduzido pode colaborar para substituição de carros poluentes, diz ministra
- Vendas de veículos em maio já registram alta de 4,6%