A Renault vai cortar as exportações de veículos para mercados menos expressivos, como Colômbia e México, para reforçar os estoques no Brasil. O objetivo é manter as vendas diante da parada programada na produção de 15 de novembro a 15 de janeiro, quando a fábrica em São José dos Pinhais será ampliada. O vice-presidente da marca no Brasil, Alain Tissier, afirmou ontem que a decisão não está ligada à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao setor automotivo. Com os carros mais baratos, havia o risco de a montadora não conseguir manter os estoques, o que foi descartado por Tissier. A Renault envia 8 mil veículos para o México e a Colômbia cerca de 5% da produção total anual. A Argentina, principal mercado importador dos veículos da marca produzidos no Brasil, também poderá sofrer redução, mas não tão expressiva. Além do corte na exportação, a Renault já trabalha no limite de produção, com 47 veículos por hora. A fábrica, que atuava em três turnos, adotou o sábado para elevar ainda mais a produção. Até 2015, serão investidos R$ 1,5 bilhão na unidade para atingir a marca de 60 veículos produzidos por hora. Com a ampliação da fábrica e o crescimento do mercado interno, a Renault espera vender 220 mil veículos por ano, alcançando participação de mercado de 7%. Atualmente, a montadora é a quinta no ranking das que mais vendem no Brasil.
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