O presidente das montadoras francesa Renault e japonesa Nissan, Carlos Goshn, anunciou neste sábado (1º) em Brasília um plano de investimentos no país para dobrar a participação das duas marcas no mercado brasileiro até 2016.
"Fixamos como objetivo até 2016 duplicar esta participação de mercado, acima de 13% de participação de mercado. A Renault acima de 8% e a Nissan acima de 5%", disse Goshn após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff.
"A aliança tem hoje uma participação de mercado no Brasil bem abaixo da que tem a nível mundial mundial (10%). No Brasil é de 6,5% (5,5% para a Renault e pouco mais de 1% para a Nissan). Evidentemente, acreditamos que o potencial está bem acima disto", afirmou.
Para cumprir os objetivos, Ghosn anunciará na quarta-feira e quinta-feira dois grandes investimentos para as duas marcas no Brasil, mas não quis antecipar os números.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que os investimentos serão uma ampliação da fábrica da Renault/Nissan no estado do Paraná e uma fábrica totalmente nova na cidade de Resende, no Rio de Janeiro.
Também são aguardados anúncios para a produção de carros elétricos.
"A aliança considera o Brasil um dos mercados mais estratégicos", declarou Ghosn, depois de oficializar os planos do grupo em uma reunião privada com a presidente Dilma Rousseff.
Investimentos
Ghosn se reuniu neste sábado com a presidente da República, Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ele anunciou investimentos na ampliação da fábrica da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, e construção de uma fábrica da Nissan em Resende, no estado do Rio de Janeiro.
Participação A Renault é a quinta colocada no ranking das montadoras no país, atrás de Fiat, Volks, GM e Ford. A meta da empresa é acelerar rapidamente sua presença no mercado brasileiro. Em termos mundiais, a companhia detém 10% de participação, mas no Brasil a fatia está em 5%. Com o fraco desempenho dos mercados da Europa e dos Estados Unidos, a tendência é de que as marcas busquem atuar de forma mais agressiva em mercados aquecidos, como o Brasil. O país caminha para se tornar, até o fim do ano, o segundo maior mercado mundial da Renault, atrás apenas da França.