Apesar do crescimento menor em novembro (0,3%) das vendas do varejo do que em outubro (0,8%), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não interpreta essa redução de ritmo como "uma perda de fôlego" do setor.
"Não vejo um menor ritmo. Muitos setores ainda reagem positivamente a variáveis como renda e emprego", disse Aleciana Gusmão, técnica do IBGE.
Os bons resultados de ramos como móveis e eletrodomésticos, material de construção, tecidos vestuário e calçados e supermercados no acumulado do ano, diz, são sustentados por esses fatores.
É que, apesar do menor crescimento da economia, a estabilidade do mercado de trabalho estimula o consumo das famílias.
Em novembro, a massa salarial (que considera o rendimento de todas as pessoas ocupadas) cresceu 8,3% na comparação com novembro de 2011.
Outro fator de estímulo, diz Gusmão, é o crédito, que segue em expansão e beneficia setores como os de móveis e eletrodomésticos, material de construção e veículos -os dois últimos não integram o índice do comércio varejista por venderem também por atacado.
A técnica do IBGE destaca ainda o bom desempenho do setor de supermercados e demais lojas de produtos alimentícios e bebidas, apesar da alta dos preços dos alimentos nos últimos meses.
A atividade registrou expansão de 0,6% frente outubro e de 8,3% na comparação com novembro de 2011.