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Renda média do trabalhador sobe no Paraná; analfabetismo e trabalho infantil diminuem

Maria Tereza Madeira e Paulo Roberto Mendonça são apaixonados pela música brasileira | Divulgação/Unicenp
Maria Tereza Madeira e Paulo Roberto Mendonça são apaixonados pela música brasileira (Foto: Divulgação/Unicenp)

A renda média do trabalhador paranaense subiu 3,56% entre 2005 e 2006, passando de R$ 925 para R$ 958 mensais. Os dados são resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (14). De acordo com Luiz Alceu Paganotto, analista do IBGE, um dos fatores determinantes para o crescimento foi o ganho real do salário mínimo, de 13,3% em 2006 na comparação com o ano anterior.

O número de trabalhadores com carteira no estado assinada também cresceu. Passou de 1,7 milhão em 2002 para 2,2 milhões em 2006. O setor agrícola, por outro lado, apresentou queda no número de empregados. No ano passado 48 mil pessoas estavam trabalhando no setor, mas no ano anterior o número chegava a 54 mil. Também diminuiu o número de trabalhadores domésticos, que passaram de 7,86% em 2002 para 7,06%.

O chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, explicou também que muitas mulheres que trabalhavam como empregadas domésticas foram absorvidas por alguns setores da indústria, como o de confecções e os abatedouros, principalmente no interior do estado.

Trabalho infantil diminui

Um dos resultados positivos foi a diminuição do trabalho infantil no estado. A taxa de crianças entre 5 e 9 anos que trabalhava caiu de 2%, em 2002, para 1,6% em 2006, o que representa 14 mil meninos e meninas. Entre os jovens de 10 a 14 anos, o percentual dos que trabalham era de 9,4% no ano passado e de 12,4% há cinco anos. Em todo o país, de acordo com o IBGE, são 5,1 milhões de pessoas com idade de 5 a 17 anos trabalhando. Também no Brasil está diminuindo o trabalho infantil. Em 1995, 18,7% dos que estão nesta faixa etária trabalhavam. Em 2005 eram 12,2% e no ano passado, 11,5%.

A Pnad é feita anualmente e busca traçar um retrato do país. Em 2006, foram entrevistadas 410.241 pessoas, em 145.547 domicílios em todo o Brasil. A partir de outubro, cerca de 2 mil entrevistadores do IBGE vão a campo para realização da pesquisa de 2007. Pela primeira vez, a coleta da pesquisa será eletrônica.

Mais estudantes no ensino superior

O número de alunos matriculados em cursos superiores no Paraná aumentou cerca de 36,5% no ano passado em comparação com o ano de 2002. Em relação a 2005, o crescimento foi de 5,36%. Em outros níveis escolares, o aumento do número de estudantes foi bem menor e, em alguns casos, houve até redução.

Sinval Dias dos Santos disse que estes números são resultado, principalmente, da proliferação de cursos superiores no interior do estado. E este fenômeno não ocorreu somente no Paraná. Na média nacional, o crescimento do número de alunos nas faculdades e universidades, no ano passado, foi 13,18% maior do que em 2005.

Analfabetismo

De um modo geral, os dados relativos à educação, levantados pela Pnad, são positivos. O analfabetismo diminuiu no Brasil e também no Paraná. O analista Paganotto lembrou que, em 2002, a taxa de analfabetismo no país era de 11,83% e no passado chegou a 10,38%. No Paraná, a queda foi mais expressiva, com o porcentual passando de 7,87% para 4,88%. Ele explicou que neste cálculo é considerada a população com mais de 15 anos de idade.

"Nossa avaliação dos números da Pnad 2006, que reflete os números de 2005, é otimista. A queda na taxa de analfabetismo e do número absoluto de analfabetos aponta que a meta de superar o analfabetismo até 2010 é real e que estamos nesse caminho", comentou o coordenador do Programa Paraná Alfabetizado, Wagner Roberto do Amaral à Agência Estadual de Notícias (AEN).

Acesso a internet

O número de famílias com microcomputador no Paraná cresceu 4,4% nos últimos anos. Em 2006, o IBGE contabilizou 3,1 domicílios no estado e 27,7% deles tinham o equipamento. Cerca de 650 mil tinham acesso a internet.

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