O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (5) que o programa de subsídio à indústria automotiva foi repaginado para atender prioritariamente ônibus e caminhões. A declaração, sem mais detalhes, foi feita antes de uma reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB).
“A gente repaginou o programa. Ele ficou mais voltado para transporte coletivo e transporte de carga, mas o carro também vai ser contemplado”, disse a jornalistas. O ministro afirmou ainda que falará com Lula sobre o Desenrola, programa de renegociação de dívidas prometido desde a campanha eleitoral e que o governo espera lançar em breve.
No último dia 25, Alckmin anunciou um programa de incentivo fiscal para baratear carros novos de até R$ 120 mil que atendam a critérios de eficiência energética e de conteúdo local. Na ocasião, o vice-presidente disse que a medida consistiria em cortes de IPI, PIS e Cofins que levariam a reduções de 1,5% a 10,96% no valor final dos veículos.
Os detalhes dos benefícios, no entanto, ficaram para um segundo momento, na dependência de um parecer da equipe de Haddad. Economistas ouvidos pela Gazeta do Povo consideram que o programa deve ter efeito discreto sobre a inflação e baixo resultado econômico e social.
Na última quinta-feira (1º), o titular da Fazenda afirmou que a iniciativa havia sido “redesenhada” e que seu custo não chegaria a R$ 2 bilhões. Citando pessoas envolvidas na discussão do projeto, o jornal “O Estado de S.Paulo” diz que a desoneração será substituída por um bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil ao consumidor na nota fiscal da compra. O valor seria compensado posteriormente pelas montadoras como crédito tributário, ainda segundo o jornal.
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