A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está sem produção de combustíveis há quatro dias. Na última sexta-feira (28), aconteceu uma explosão seguida de incêndio na unidade de destilação U-2100, o que afetou o funcionamento de toda a indústria. Com o incidente, a Repar deixou de refinar o petróleo bruto que passava por ali.
Em nota, a Petrobras -- proprietária da refinaria -- confirmou que a "unidade está paralisada e (isso) não compromete o abastecimento" de combustíveis. A empresa, porém, não confirma quando o petróleo deve voltar a ser refinado para a produção de gasolina, diesel e querosene, principalmente. O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR-SC) estima que a unidade U2100 possa ficar até 30 dias parada para reparos, o que pode comprometer o fornecimento de combustíveis ao postos de gasolina do Paraná e Santa Catarina. "O estrago ainda está sendo analisado e em breve deve começar a manutenção, que vai consistir no conserto de algumas peças e na substituição de outras", comentou o diretor do órgão, Anselmo Ruosso Júnior nesta segunda-feira (2). O Sindipetro estima que a unidade danificada produz em torno de 33 mil metros cúbicos de petróleo refinado por dia, e é a responsável por enviar matéria-prima a outras unidades.
A Gazeta do Povo perguntou à Petrobras quando a produção seria retomada, mas não foi respondida pela assessoria de imprensa nesta terça. A Repar é a maior do sul do Brasil e sua produção corresponde a 12% do que é produzido no país. Entre os produtos que ela desenvolve, estão gasolina, óleo diesel e gás de cozinha.
O acidente
Conforme o Sindipetro, a explosão aconteceu depois do rompimento de uma tubulação de óleo. O fogo foi controlado pela brigada de incêndio da Repar e ninguém ficou ferido. Segundo o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Petrobras é a responsável por retirar o solo contaminado e apresentar um relatório de impacto ambiental em 15 dias, no qual a empresa deve informar a destinação do solo retirado e acompanhar a qualidade da água do Rio Barigui, próximo à refinaria.
O sindicato dos petroleiros divulgou, na segunda-feira, um vídeo atribuído à explosão. Segundo a categoria, foram várias explosões com chamas que ultrapassaram 50 metros de altura. Veja: