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A emissão de R$ 36 bilhões em títulos públicos para concluir o repasse do empréstimo do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez a dívida pública subir em agosto. Segundo números divulgados nesta quarta - feira (23) pela Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública federal aumentou 3,63% no último mês, passando de R$ 1,457 trilhão para R$ 1,509 trilhão.

Principal componente da dívida pública, a dívida mobiliária (em títulos) interna subiu 3,79%, passando de R$ 1,349 trilhão em julho para R$ 1,4 trilhão em agosto. A alta deveu-se ao fato de o Tesouro ter emitido R$ 40,2 bilhões a mais do que resgatou em títulos (o que inclui o repasse ao BNDES), além do reconhecimento de R$ 10,89 bilhões em juros.

A subida de 0,74% do dólar no último mês e a emissão de títulos no exterior também empurraram a dívida pública externa para cima. De acordo com os números do Tesouro, a dívida externa passou de R$ 84,54 bilhões para R$ 108,97 bilhões, alta de 1,65%. Em 29 de julho, o Brasil emitiu US$ 500 milhões em títulos com vencimento em 2037, mas a operação só foi registrada no resultado de agosto.

Esse empréstimo representou a última parcela do empréstimo de R$ 100 bilhões para reforçar o capital do BNDES, anunciado no início do ano. O Tesouro emitiu títulos, que ficam na carteira do banco. Conforme a necessidade, o banco vende os papéis e embolsa o dinheiro. Posteriormente, a instituição devolve o empréstimo ao Tesouro, com o pagamento de juros equivalentes à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Ao todo, o Tesouro fez quatro emissões de títulos para capitalizar o BNDES. Em março, o Tesouro Nacional lançou R$ 13 bilhões em títulos para financiar o banco. Em junho, novas emissões somaram R$ 26 bilhões. Em julho, o governo emitiu mais R$ 25 bilhões em papéis.

O empréstimo para o BNDES foi o principal responsável pelo crescimento da dívida mobiliária em 2009. Em dezembro, a dívida interna em títulos era de R$ 1,264 trilhão. Em agosto, o estoque subiu para R$ 1,4 trilhão, o que representa elevação de R$ 136 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões referem-se ao repasse de recursos para a instituição financeira.

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