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Ao fim da palestra de Paulo Bernardo, os empresários participantes manifestaram a opinião de que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá uma contribuição importante para o desenvolvimento do país. Eles esperam, no entanto, que as medidas saiam em breve do papel e, principalmente, que o governo volte suas atenções para a reforma tributária. Cerca de 300 empresários participaram do evento, promovido pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC).

"Nos três estados do Sul, o setor automotivo vem crescendo cerca de 28% este ano. A Volkswagem está acompanhando o mesmo ritmo e ganhando participação de mercado. Isso não é resultado apenas do esforço das concessionárias e da equipe de vendas da montadora, mas também do próprio desenvolvimento econômico do país. E este crescimento está diretamente ligado ao PAC."

Malu Luft, gerente regional de vendas da Volkswagem.

"A maior oferta de crédito está permitindo às classes C, D e E ter acesso a planos de saúde, o que para o mercado é ótimo, já que as vendas aos segmentos mais elevados estão saturadas. Agora esperamos que a reforma tributária seja feita, ainda que leve tempo."

Cassio Zandoná, superintendente da Amil no Paraná.

"O tema da reforma tributária é absolutamente atual e necessário. O governo deve limitar os gastos correntes e com a folha de pagamento, para evitar a elevação da carga. O discurso do ministro está perfeito, mas falta colocar em ação."

Oriovisto Guimarães, presidente do Grupo Positivo.

"O programa será uma alavanca importante para o crescimento país, embora o processo seja lento. O próprio ministro salientou o excesso de burocracia que, muitas vezes, trava o desenvolvimento. A iniciativa privada tem um papel muito importante, porque só os recursos do governo não serão suficientes para recuperar a defasagem de infra-estrutura do país. Mas cabe a ele agilizar a regulamentação das PPPs [Parcerias Público-Privadas]."

Ardisson Akel, presidente da Federação das Associações Comerciais do Paraná (Faciap).

"A Fiep apóia o PAC, mas há uma ausência de projetos básicos para a infra-estrutura no Paraná. Quanto à reforma tributária, somos mais radicais. Defendemos um limite de 35% do PIB e uma meta de chegar a 25%, para garantir que o Brasil fique competitivo em relação a outras economias. Nós queremos compromisso sobre estas questões, que o governo parece não querer."

Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

"As iniciativas de incentivo ao crescimento nos contemplam via aumento de recursos para financiamento imobiliário. O volume de vendas de material de construção cresce acima do mercado em geral. Para pequenas reformas, a abundância de crédito nos permitiu elevar o prazo de pagamento de 4 para 10 vezes nos últimos 12 meses."

Helio Ballarotti Júnior, diretor-presidente da rede varejista Balaroti.

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