O líder republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, disse nesta terça-feira que não é provável uma solução de longo prazo para os problemas fiscais do país enquanto o presidente Barack Obama continuar no cargo.
Antes do terceiro dia de negociações na Casa Branca sobre a dívida, os republicanos aumentaram a pressão sobre Obama e os senadores democratas, que têm culpado os republicanos pelo fracasso em um acordo que aumente o teto da dívida dos Estados Unidos e reduza o déficit.
"Após anos de discussões e meses de negociações, tenho poucas dúvidas de que enquanto esse presidente estiver no Salão Oval, uma solução real provavelmente é inalcançável", disse McConnell no plenário do Senado.
Ele ponderou no entanto que os republicanos "serão responsáveis" e vão assegurar que o governo não entre em moratória em 2 de agosto, quando acabam os recursos do Tesouro para pagar as obrigações do governo.
A ausência de um acordo até 2 de agosto poderia assustar investidores, fazendo disparar os juros nos Estados Unidos e provocando a queda das ações, o que poderia levar o país a uma nova recessão.
Os republicanos têm se recusado a elevar o teto de 14,3 trilhões de dólares da dívida dos Estados Unidos sem a contrapartida de profundos cortes de gastos, ao passo que os democratas pretendem aumentar a receita do governo eliminando isenções fiscais aos ricos e às empresas de alguns setores como petróleo e gás.
O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, disse que está otimista sobre um acordo, mas afirmou que o aumento do limite da dívida é um problema de Obama.
Apesar da retórica, os investidores assumem que Washington será capaz de evitar uma crise. O rendimento dos Treasuries de 10 anos caíram ao menor nível em sete meses na manhã desta terça-feira, refletindo a preocupação maior com a Europa.
Obama e os principais congressistas dos Estados Unidos farão às 16h45 (horário de Brasília) a terceira reunião na Casa Branca em busca de um acordo.
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