O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse que os líderes republicanos garantiram à Casa Branca que estão preparados para subir o teto do limite de endividamento do governo americano, para evitar perturbações nos mercados de capitais e uma potencial moratória no crédito.
Em entrevistas exibidas neste domingo (17) em talk-shows, Geithner disse que o líder da Câmara dos Representantes, John Boehner, além de outros republicanos, garantiram ao presidente dos EUA, Barack Obama, em discussões nas semana passada, que estão conscientes do risco de uma moratória no crédito e por isso estão abertos à ideia de aumentar o limite, mesmo na ausência de um acordo mais amplo para reduzir a carga da dívida do país.
A Casa Branca prometeu levar em frente um acordo de longo prazo para frear os gastos do governo, mas funcionários dizem que isso não poderá ser apresentado até o final de junho. O Departamento do Tesouro afirma que os EUA excederão o atual limite, agora fixado em US$ 14,3 trilhões, até meados de maio. O Tesouro alerta que a dívida do governo americano poderá entrar em default no começo de julho se nenhuma ação for tomada para aumentar o teto do endividamento.
Geithner afirmou que as duas medidas - firmar um acordo de longo prazo para conter gastos e aumentar o teto de endividamento - poderão ter que correr por caminhos paralelos. "O Congresso ainda precisa aumentar o limite da dívida", disse Geithner no programa televisivo Meet the Press, da emissora NBC. Segundo ele a liderança republicana "reconhece isso".
Ainda existem diferenças entre democratas e republicanos, contudo, sobre os passos necessários para chegar a um acordo para aumentar o limite do endividamento. Os republicanos relutam em deixar o teto do limite ser aumentado sem forçar uma nova rodada de cortes nos gastos do governo americano e Obama reconheceu que os republicanos não concordarão em aumentar o limite sem pelo menos outra rodada de cortes dos gastos.
O dirigente do orçamento da Câmara, o representante Paul Ryan (republicano pelo Wisconsin), disse ao programa Face the Nation, da emissora CBS, que os republicanos querem "controles financeiros" e "cortes nos gastos" para concordar em subir o limite do endividamento. "Ninguém deseja brincar com os ratings de crédito dos EUA. Apenas queremos mais alguns cortes e também controles nos gastos", afirmou. As informações são da Dow Jones.
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