O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, tomou posse ontem no Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Paranaguá, órgão com o qual teve várias divergências nos últimos anos. Ele assumiu como representante do bloco do poder público, posto que estava sem titular desde a saída do ex-procurador do estado, Sérgio Botto de Lacerda, em março deste ano. Em reunião no CAP, Requião anunciou que pretende implantar um "call business" para atender pequenos e médios exportadores dos portos do Paraná. O projeto pode ter a parceria de um banco estatal, como o Banco do Brasil, que divulgaria material institucional do Porto de Paranaguá nas agências do Brasil e do exterior.
"É importante ter um dirigente do porto participando das discussões no CAP", diz o 1.º vice-presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), José Roberto Corrêa. Requião já havia sido conselheiro do CAP, mas compareceu poucas vezes às reuniões.
Nos últimos meses, o superintendente obteve algumas vitórias no conselho. Em junho, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) tirou Hélio José da Silva da presidência do CAP, atendendo a pedido de Requião.
Outra mudança que deve beneficiar a Appa é a posse de Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Ele assume a vaga do presidente da Aciap, Alceu Claro Chaves, que está em fim de mandato. Chaves fez oposição a Requião no CAP várias vezes. Nas últimas semanas os vários sindicatos e associações de Paranaguá defenderam o projeto de dragagem feito pela comissão comandada por Juarez. A Appa deve lançar o edital para a obra em breve, mas com algumas mudanças em relação ao estudo inicial.