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Banco de Sílvio Santos entra na bolsa

São Paulo – As ações do Banco PanAmericano, do grupo Sílvio Santos, estréiam amanhã na Bovespa. Os papéis serão listados no nível 1 de governança corporativa da bolsa. O valor por ação foi fixado em R$ 10 e ficou abaixo do piso da faixa de preço sugerida para os títulos, que variava de R$ 12,50 a R$ 15. A operação envolveu, inicialmente, 67.987.600 ações. O lote suplementar de até 15% da oferta também foi vendido, elevando a distribuição para R$ 777 milhões.

O PanAmericano registrou lucro líquido de R$ 70,429 milhões no terceiro trimestre deste ano, mostrando evolução de 455,8% sobre o mesmo período de 2006.

São Paulo – Começa hoje o período de reserva de ações da oferta pública inicial (IPO) relativa à abertura de capital da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A reserva pode ser feita em bancos e corretoras e também pela internet, pelo sistema de home broker das corretoras, até o dia 27. Depois do sucesso do IPO da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em outubro, cuja ação subiu mais de 50% no primeiro dia de negociação, a expectativa é que a demanda por ações da BM&F seja igual ou até superior. As ações da BM&F vão estrear na Bovespa no dia 30.

Na oferta, a ação da Bovespa saiu por R$ 23, preço máximo de referência do prospecto do lançamento. No primeiro dia de negociações, em 26 de outubro, o papel subiu 52,13%, para R$ 34,99. Na sexta-feira, cotada a R$ 35,25, a ação mantinha alta de 53,26% desde a estréia. Para analistas, esse desempenho da Bovespa pode incentivar reservas das ações da BM&F. Pode também levar a dois comportamentos opostos do investidor: a venda do papel logo na estréia, se sua cotação também der um salto, ou a manutenção em carteira, uma vez que a ação da Bovespa vem mostrando consistência no nível mais elevado que atingiu.

O preço de referência por ação está estimado no prospecto entre R$ 14,50 e R$ 16,50, mas pode ser fixado fora dessa faixa, até porque vem sendo considerado baixo por analistas. O preço de fato a ser considerado na venda pelos acionistas será fixado dia 28 pelo procedimento de bookbuilding, que reflete o valor oferecido por investidores institucionais.

O valor mínimo de investimento é de R$ 5 mil e o máximo, R$ 300 mil, mas isso não significa que o investidor vai conseguir aplicar o valor reservado. No caso da Bovespa, por causa do rateio, cada investidor aplicou no máximo R$ 12.098.

Para o professor de Economia Brasileira e Mercado Financeiro da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Domingos Leite Jr., as bolsas mundiais estão passando por um momento de concentração regional, e a BM&F, assim como a Bovespa, está se firmando na América Latina. "Hoje, há espaço para os negócios com derivativos que giram na BM&F crescerem, não só porque eles ainda representam muito pouco no PIB do Brasil e nas exportações do país, mas também porque Brasil e demais países da América Latina são exportadores de commodities, um mercado que tende a aumentar", explica Leite. Isso, associado a uma política de boa administração, dá perspectivas de alta ao papel.

A oferta inicial de papéis da BM&F será de 260.160.736 ações, mas poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 15%, ou seja, mais 39.024.120 ações. Isso corresponde a 28% do capital da empresa. Com base no preço médio de referência da oferta, de R$ 15,50 por ação, a venda chega a R$ 4,032 bilhões, considerando apenas a oferta inicial.

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