O presidente do BC, Henrique Meirelles, confirmou nesta quarta-feira (27) que as reservas cambiais brasileiras, em US$ 205,3 bilhões, voltaram a atingir o patamar registrado antes do agravamento da crise financeira internacional, em meados de setembro. Ele participou de audiência pública no Congresso Nacional.
O mesmo já havia acontecido em novembro e dezembro do ano passado, mas, posteriormente, voltaram a recuar. Antes da crise, segundo Meirelles, as reservas estavam em US$ 205,1 bilhões. "Outros emergentes tiveram queda dramática nas reservas. No Brasil, o BC está comprando diariamente [dólares no mercado para as reservas internacionais]", disse ele.
Segundo o presidente do Banco Central, modelos utilizados pela autoridade monetária para tentar calcular o "nível adequado" das reservas apontavam para a necessidade de um volume mais baixo do que o atual antes da piora da crise financeira.
"A crise mostrou que os volumes de reservas foram adequados e que, volumes muito menores, poderiam ter sido problemáticos. O que está claro é que há margem de recomposição das reservas. Existe espaço para continuar com o crescimento das reservas", acrescentou Meirelles.
Neste mês, até o dia 22, última sexta-feira, o BC informou ter comprado US$ 2,4 bihões no mercado à vista de câmbio. A instituição voltou a comprar dólares no dia 8 de maio. Mesmo com as compras, a cotação do dólar tem operado em queda nas últimas semanas e, atualmente, ao redor de R$ 2, oscila no menor patamar dos últimos oito meses.