As reservas internacionais brasileiras registraram crescimento de US$ 12,2 bilhões em setembro, na parcial até a última sexta-feira (24), segundo números divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (27). Na sexta-feira passada, as reservas somaram US$ 273,54 bilhões, contra US$ 261,32 bilhões no final de agosto.
Mesmo sem o mês ter terminado, esse já é o maior crescimento das reservas desde maio de 2007, quando avançaram US$ 14,5 bilhões. As reservas têm registrado elevação neste mês por conta das aquisições de divisas efetuadas pelo Banco Central no mercado à vista.
A autoridade monetária, por sua vez, tem comprado dólar por conta do expressivo ingresso de moeda no Brasil. Na parcial de setembro, até a sexta-feira (17), US$ 11,13 bilhões entraram no Brasil, o maior valor desde outubro do ano passado, quando houve a abertura de capital do Santander.
Capitalização da Petrobras
A entrada de dólares no Brasil, segundo especialistas, está relacionada com o processo de capitalização da Petrobras - na qual há participação de investidores estrangeiros. Sem as compras do BC, a cotação do dólar estaria mais baixa.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a dizer nesta segunda-feira, em São Paulo, que o governo vai atuar para evitar uma queda maior da moeda norte-americano, e acrescentou que não vai deixar "sobrar dólares no mercado".
Além das atuações do Banco Central, Mantega revelou que o Tesouro Nacional também já andou comprando dólares nos últimos dias. "Já estamos comprando um volume muito maior de dólares", disse ele, sem citar números.