Os reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste do Brasil estão com nível de armazenamento de 34,66%, segundo dados de terça-feira (4), numa leve depreciação ante o fechado em 27 de fevereiro. A expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é de que o nível das represas dessa região chegue a 35,9% ao final desta semana e a 38,3% em 4 de abril.

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No Sul, as represas estão a 38,61%, já apresentando um aumento de 1,43 ponto percentual em relação ao registrado ao final da semana passada. Já no Nordeste, o nível passou de 42,19% na quinta-feira (27) passada para 42,14% na terça-feira (4). No Norte, houve elevação de 80,92% para 81,79% atualmente.

A previsão do ONS para esta primeira semana de março era de que passagem de duas frentes ocasione "totais significativos" de precipitação nas bacias das regiões Sudeste e Centro-Oeste e fraca nas bacias dos rios Uruguai e Iguaçu. Em março, o ONS estima que chova 67 por cento da média histórica para o mês, o que elevou preocupações de analistas e especialistas do setor quanto a situação de abastecimento do país neste ano.

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O Sistema Cantareira, responsável por levar água à metade da população da região metropolitana de São Paulo, está com 16,1% da sua capacidade de armazenamento. De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), é o menor volume de água registrado pela empresa.

Na semana passada, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu que a Sabesp já trabalha com a hipótese de usar parte dos 400 milhões de metros cúbicos do volume morto do Sistema Cantareira. Volume morto é a parte do reservatório que não é alcançado atualmente pelas bombas. A Sabesp estuda instalar equipamentos para a retirada do volume morto.

No início do mês de fevereiro, o governo estadual lançou campanha para incentivar a economia de água, na qual os consumidores que usarem menos 20% da sua média de consumo, terão 30% de desconto na tarifa. Ainda não há balanço dos resultados.

Chuvas nos próximos dias em MG e SP devem beneficiar lavouras e reservatórios

Chuvas previstas para os próximos dias em algumas áreas de São Paulo e Minas Gerais podem superar o volume registrado durante os dois primeiros meses do ano, trazendo alívio para lavouras de café, cana, laranja e grãos, que sofreram com seca e calor históricos em 2014.

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As precipitações também podem melhorar o nível de reservatórios de hidrelétricas e de represas de água para consumo da população.

A região metropolitana da maior cidade do país, São Paulo, enfrenta risco de um racionamento de água, por conta da falta de chuva do início do ano. "Tem a possibilidade de ser o maior evento de chuva no ano até agora. Já que isso não aconteceu em janeiro e fevereiro", afirmou nesta terça-feira o meteorologista da Somar Gustavo Verardo, citando os meses tradicionalmente chuvosos. "Vai ser um período de chuvas intensas", acrescentou.

Algumas áreas de Minas Gerais, maior produtor de café do Brasil, e de São Paulo, principal produtor de cana e laranja do país, deverão receber mais de 100 milímetros de chuvas no acumulado entre os dias 6 e 10 de março. A título de comparação, no primeiro mês do ano as precipitações não passaram de 50 mm na maioria das cidades de Minas e São Paulo.