O valor pago pelas operadoras de planos e seguros ao Sistema Único de Saúde (SUS) para ressarcir os serviços usados por seus clientes na rede pública quadruplicou nos quatro primeiros meses deste ano frente a igual período de 2013. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foram R$ 91,15 milhões – metade do arrecadado em 2013.

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A agência atribui o salto ao aprimoramento dos processos de gestão e à contratação de novos servidores para agilizar o ressarcimento. Além disso, houve prioridade na inscrição das operadoras inadimplentes na dívida ativa e a determinação para que elas incluam os débito com o SUS no seu balanço, com garantias e provisões para dívidas atuais e futuras. Para viabilizar o pagamento, a ANS identifica pacientes atendidos pelo sistema público de saúde e cruza as informações com o banco de dados dos clientes das operadoras.

Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar, a alta no valor pago ao SUS não tem relação com o aumento na busca da rede pública por segurados, mas com maior celeridade no processamento de dados. A Associação Brasileira de Medicina de Grupo, que reúne operadoras de planos, disse orientar associadas sobre os prazos e defesa dessas cobranças.

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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) questionou a nomeação de José Carlos de Souza Abrahão para a diretoria de gestão da ANS, por ter sido presidente da Confederação Nacional de Saúde e contra o ressarcimento ao SUS. Em nota, ele disse que jamais ingressou com ações para o fim do ressarcimento ao SUS e que elas foram impetradas por dirigentes anteriores.