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Caged

Resultado de empregos de maio é o pior para o mês desde 1992

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O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de maio, divulgado nesta terça-feira, 24, pelo Ministério do Trabalho, é o pior em 22 anos. O saldo líquido de 58.836 vagas criadas no mês passado só supera os 21.533 empregos com carteira assinada criados em maio de 1992, quando o presidente da República era Fernando Collor. Em abril, o saldo do Caged já havia registrado o pior desempenho em 15 anos, com saldo positivo de 105.384. (

O saldo líquido de empregos formais gerados em maio foi de 58.836 vagas, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira, 24, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo do mês passado é resultado de 1.849.591 admissões e de 1.790.755 demissões. Com o resultado de maio, a geração de empregos no governo Dilma Rousseff superou a marca de 5 milhões de contratações formais. O resultado ficou dentro do intervalo apontado pelo levantamento do AE Projeções realizado com 16 instituições do mercado financeiro, que variou de 51.859 a 122.000 vagas criadas em maio. O resultado ficou abaixo da mediana encontrada, de 94.500 postos.

A geração de empregos em maio foi 47,10% menor do que em maio do ano passado, quando ficou em 111.224 pela série ajustada. Já pela série sem ajuste, a queda foi de 18,31% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o volume de vagas criadas foi de 72.028. No acumulado do ano até maio, houve criação líquida de empregos formais de 543.231 vagas.

A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE e é a preferida do ministério. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.

Indústria da transformação

O setor da indústria de transformação foi o responsável pela maior quantidade de demissões líquidas em maio, segundo dados do Caged. Os desligamentos superaram as admissões em 28.533 vagas. Dos 12 segmentos, apenas um (indústria química) contratou mais do que demitiu no mês passado, com 3.119 novos empregos. O pior resultado no setor foi a indústria mecânica, com um corte de 6.644 vagas.

Por outro lado, a agricultura foi o setor que respondeu no mês passado pela maior geração de vagas, com 44.105 vagas. Em seguida, ficou o setor de serviços, com 38.814 postos de trabalhados gerados. A construção civil gerou 2.692 novas vagas no mês. O comércio apresentou um saldo negativo de 825 vagas em maio.

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