São Paulo (Folhapress) – A Secretaria de Agricultura do Paraná divulgou ontem os resultados parciais dos exames de laboratório das amostras de sangue do gado suspeito de ter contraído o vírus da febre aftosa em quatro cidades do estado. Os exames não são conclusivos, mas os resultados obtidos até agora não permitem descartar a existência da doença no rebanho paranaense.

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Na última segunda-feira, o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) afirmou que os exames realizados no gado do Paraná estavam mostrando que não haveria a doença no estado. No entanto, de acordo com o documento divulgado pelo governo paranaense, nos quatro municípios houve amostras de sangue que reagiram ao antígeno da febre aftosa de acordo com o exame Elisa 3ABC. Das 106 amostras, 16 apresentaram reação.

Já os testes EITB apresentaram resultado positivo apenas no município de Grandes Rios. Além disso, das 106 amostras avaliadas, só duas reagiram.

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De acordo com a secretaria, os resultados dos exames EITB e Elisa 3ABC "ainda não oferecem informações suficientes para diagnóstico conclusivo das suspeitas, pelas quais se aguardam os demais resultados". A conclusão definitiva sobre a existência da doença no rebanho paranaense só deverá ser conhecida neste fim de semana, quando devem ficar prontas as provas de isolamento viral.

Por determinação do Ministério da Agricultura, as propriedades localizadas dentro de um raio de dez quilômetros de onde foram coletadas as amostras suspeitas e de onde já foram confirmados focos em Mato Grosso do Sul estão temporariamente proibidas de fazer a vacinação contra a aftosa, para que não haja "interferência da vacinação nos resultados das provas usadas para tal procedimento", afirma a secretaria paranaense.

Área de risco

Na última terça-feira, o Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União uma lista de 41 municípios considerados área de risco de contaminação de febre aftosa. Essas cidades não poderão permitir a saída de animais suscetíveis à doença nem a venda de produtos e subprodutos.

Em Mato Grosso do Sul, foram incluídos na lista Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã e Mundo Novo. No Paraná, foram considerados área de risco Amaporã, Loanda, Grandes Rios e Maringá, todos municípios onde há suspeita de quatro focos de aftosa, além de outras 32 cidades próximas a esses quatro municípios.

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Para os demais municípios de Mato Grosso do Sul e do Paraná que não se encontram nas áreas de risco, não há restrições para o trânsito de animais nem da carne. A única exceção é o estado de Santa Catarina que, por ser área livre de aftosa sem vacinação, manterá normas mais rígidas para a circulação de animais.