A companhia de frotas Locamerica iniciou a negociação dos seus papéis no Novo Mercado da Bovespa no pregão desta segunda-feira, marcando a primeira oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) deste ano, depois de nove meses sem aberturas de capital na bolsa. "A Locamerica marca o fim desse jejum. O cenário de incertezas permanece, mas as nuvens negras parecem estar se dissipando", afirmou Edemir Pinto, diretor presidente da BM&FBovespa.
Na sua estreia, a empresa não teve bom desempenho. Partiu com um preço inicial 18% abaixo do esperado R$ 9 por ação, contra R$ 11 do piso previsto pela companhia e, ao longo de seu primeiro pregão, desvalorizou-se em 5,56%. Ao todo, o IPO da Locamerica movimentou até R$ 313,9 milhões. O montante corresponde às ofertas primária e secundária e o lote suplementar, que tem 30 dias para ser exercido. Caso isso não ocorra, a companhia irá captar cerca de R$ 273 milhões com a oferta.
A abertura de capital da empresa de frotas vinha sendo cogitada, de acordo com Luis Fernando Porto, diretor presidente da Locamerica, desde 2008. Naquele ano, a companhia recebeu aporte de R$ 70 milhões do Banco Votorantim. Outros R$ 40 milhões foram investidos pela instituição em 2010.
Para Edemir Pinto, da Bovespa, o ingresso da Locamerica no mercado deve estimular outras empresas a se listarem na bolsa. Para ele, até a desvalorização das ações no pregão de estreia é positiva. Ele crê que as perdas de ontem dão à empresa a possibilidade de recuperar o desconto no dia a dia.