O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado (31) que os sinais de recuperação da economia norte-americana mostram que o país segue na direção correta, mas ponderou que ainda há progressos a serem feitos. "Embora ainda não seja motivo para celebração, as notícias indicam que estamos seguindo o rumo certo", afirmou em seu programa semanal de rádio, também disponível na internet. "É fácil de esquecer que há apenas alguns meses atrás a economia estava afundando rapidamente e que muitos economistas temiam por uma nova Grande Depressão", disse.
Obama afirmou que o crescimento econômico não substitui a expansão do emprego, mas disse esperar uma melhora no relatório de outubro. "Provavelmente não veremos mais redução de vagas de trabalho. Mas nós não criaremos novas vagas se não houver crescimento econômico", afirmou. As declarações de Obama foram feitas um dia depois que dados de uma junta federal independente apontaram que cerca de 650 mil empregos foram preservados ou criados por causa dos programas de estímulo econômico do governo. O relatório apontou ainda que foram destinados US$ 215 bilhões para 156.614 contratos federais, empréstimos e doações em mais de 62 mil operações.
O governo norte-americano informou esta semana que a economia cresceu 3,5% de julho a setembro e que este é o primeiro sinal de recuperação em um ano, sinalizando que a crise econômica, que teve início em dezembro de 2007, estaria no fim. A Casa Branca também comunicou nesta semana que o pacote de estímulo da administração Obama de US$ 787 bilhões - um misto de corte de tarifas e aumento de gastos - ajudou a preservar ou a criar mais de um milhão de empregos. O pacote incluiu corte de impostos da ordem de US$ 288 bilhões.
Os republicanos questionaram o número do governo que aponta criação de empregos. O senador Mitch McConnel ressaltou que desde a criação do pacote de estímulo do governo já foram perdidos mais de três milhões de empregos nos Estados Unidos. O nível de desemprego nos Estados Unidos atingiu 9,8% em setembro, maior patamar dos últimos 26 anos. A expectativa é que o relatório de outubro, divulgado na próxima semana, chegue a 10%.